Jornal Terceira Via
A eleição para prefeito de Campos dos Goytacazes, salvo indeferimento de registros ou impedimentos, terá cinco candidatos. Rosinha Garotinho (PR), Arnaldo Vianna (PDT), Makhoul Moussalem (PT), Erick Shunk (PSOL) e José Geraldo (PRP).
Em relação à candidata do PR e ao candidato do PDT, tratam-se de nomes oriundos do mesmo “embrião”. Isso porque tanto um quanto o outro integravam um mesmo grupo político. No entanto, com a colisão de interesses, houve a ruptura entre eles (rivais devido a conjunturas político-partidárias e não ideológicas). Devido a vicissitudes, os candidatos acima referidos, mesmo após o pleito eleitoral, dependerão de decisão judicial para darem continuidade aos seus projetos.
A disputa entre Rosinha e Arnaldo encontra-se em tal ponto que os projetos para o município tornam-se preteridos, pois o que impera é a guerra declarada da militância.
O candidato do PT já obteve mais de trinta mil votos em pleito municipal, sendo o maior índice que um candidato petista apresentou em uma eleição majoritária no nosso município. A coligação referente tem o segundo maior tempo de televisão (12min 18seg), sendo o primeiro o da coligação composta pela atual prefeita (13min 15seg). Resta saber se, nesse pleito, o candidato petista angariará votação substancial apta a conduzi-lo a um possível segundo turno e, caso ocorra, qual será o seu alcance negocial de articulação.
José Geraldo, com apenas 20 segundos de propaganda eleitoral, e Erik Shunk (com 1min 07segundos) estão ‘debutando’ neste ano. Dois respeitáveis cidadãos que tentarão apresentar aos munícipes algo, em tese, “NOVO”. Será que ainda existe algo que não foi debatido em termos de projeto político? Seriam consideradas representações de algo realmente diferente? Penso que novidade inclui - além de um ‘novo rosto’ - estrutura estável, tanto financeira como de militância, tempo de TV, dentre outros itens que, a princípio, os dois não têm. Ganhar no discurso é utopia!
Entendo que a constatação da lacuna do “NOVO”, em mais uma eleição no município de Campos dos Goytacazes, deve-se ao desinteresse de muitos cidadãos que, infelizmente, identificam a política como algo contaminado e voltado para os interesses particulares em detrimento do coletivo.
A constatação desse desinteresse pela política é nítida. É imperioso agirmos de forma enérgica para que a oxigenação retorne aos diretórios acadêmicos, aos sindicatos, bem como aos próprios partidos políticos. Somente assim, mediante uma renovação gradual e eficaz, vislumbraremos novos tempos traduzidos em movimentos sociais sólidos que nos ofereçam novos nomes que encarem a política como algo respeitável e imprescindível para a formação ética, cultural e moral de uma sociedade.
Respeito todas as candidaturas. No entanto, a necessidade do “NOVO” continuará pulsando. Isso é incontestável!
Cláudio Andrade
4 comentários:
Concordo plenamente, Claudio.
Enquanto isso, no Rio, temos o Marcelo Freixo do pequeno PSOL, com 10% das intenções de voto em pesquisa da Data Folha.
E conforme nota de Lauro Jardim hoje, feras da MPB como Caetano Veloso, Djavan, Chico Buarque e Milton Nascimento estão organizando um show para angariar fundos para sua campanha.
Mas aqui, pelo jeito teremos que aguentar mais 4 anos do Garotismo.
Que pena!!
Que pena achei ainda que o nobre parlamentar Roberto Henriques viesse dar a nós campista o ar da sua vinda ... Pense e Repense Roberto Henriques nossa cidade só terá o novo se você vier estamos com vc ......
Será que se Roberto Henriques tivesse se candidatado a prefeito, o sr. escreveria essa matéria?
LARGA DE SER BOBO ANONIMO 14:41. MATÉRIA MUITO BEM ESCRITA E RELATA O QUE A SOCIEDADE REALMENTE PRECISA: NOVAS LIDERANÇAS!
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