A delegada Martha Rocha, que deve ser candidata nas próximas eleições, deixa semana que vem a chefia da Polícia Civil do Rio. E deve ser substituída pelo delegado Cláudio Ferraz. A informação está na coluna de Ancelmo Gois de hoje.
Com 30 anos de polícia, Martha Rocha foi a primeira mulher a chefiar a Polícia Civil do Rio. Ela assumiu o cargo em 15 de fevereiro de 2011, após uma grande crise na instituição, que arranhou o então chefe, Allan Turnowski, que saiu do cargo "atirando" e tentando comprometer até o então chefe da Draco, delegado Cláudio Ferraz, que agora deve chegar à cúpula da Polícia Civil. Turnowski caiu após a realização da Operação Guilhotina, feita pela Polícia Federal, que prendeu cerca de 30 policiais civis e militares acusados de envolvimento com o crime no Rio.
Na ocasião da crise que resultou na saída de Turnowski, Cláudio Ferraz -- que vivia sofrendo ameaças de morte, por milicianos -- escapou das acusações de corrupção, feita por meio de falsos dossiês produzidos nos bastidores. Mesmo assim, deixou a Draco, onde ele e sua equipe prenderam cerca de 800 milicianos.
A experiência no combate às quadrilhas formadas por policiais e ex-policiais acabou levando Ferraz ao posto de xerife do transporte alternativo, que na Zona Oeste do Rio é controlado por máfias formadas por milicianos e traficantes de drogas. Ferraz recebeu do prefeito Eduardo Paes a missão de mapear a atuação daquelas máfias no transporte das vans. Além de combater o crime organizado no Rio, Ferraz ficou conhecido por ser um dos autores do livro "Elite da Tropa 2", que inspirou o filme "Tropa de Elite 2", que apresentou as perigosas ligações entre milicianos e políticos.
Ancelmo Goes
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