domingo, 10 de novembro de 2013

Assessor de Pudim, indiciado por estelionato, pode ter orquestrado manifestações contra Cabral com apoio do PR





Uma investigação da Polícia Civil pode fazer cair algumas máscaras que tomaram as ruas da cidade. Iniciado há cinco meses, o levantamento indica que pessoas teriam sido recrutadas, inclusive fora do estado, para atuar em atos como o Ocupa Cabral e o Ocupa Câmara. Para isso, teriam recebido dinheiro, alimentação e transporte. Pelo menos seis desses ativistas desembarcaram no Rio ano passado, vindos de estados do Norte e do Nordeste. O grupo teria se infiltrado, inicialmente, em entidades de direitos civis e outras ONGs. A partir de junho deste ano, quando começou a onda de protestos, passou também a atuar nas manifestações. Alguns nomes já aparecem vinculados a partidos políticos, como o PR.

O caso é tratado sob sigilo pelo Departamento Geral de Polícia Especializada, e a preocupação é reunir evidências suficientes antes de avançar sobre os suspeitos, para não alimentar a ideia de uma contraofensiva, também de natureza partidária. O trabalho reúne equipes de policiais da Coordenadoria de Informações e Inteligência (Cinpol) e da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI). Os depoimentos prestados e as apreensões feitas nos últimos meses, inclusive de computadores de pessoas detidas durante e após manifestações violentas, dão sustentação à investigação. Até agora, já são 349 detidos, dos quais 116 foram autuados em flagrante por porte de explosivos, desacato, desobediência, agressão e ameaça, além de danos ao patrimônio público e privado.

As informações, no entanto, apontam para um personagem do PR, que nunca foi detido, mas que vem tendo atuação intensa nos bastidores dos protestos e só recentemente foi identificado pelos policiais. É Sebastião Rodrigues Machado Júnior, até pouco tempo só mencionado em informes como Nayt, seu apelido. Ligado ao ex-governador Anthony Garotinho, ele é lotado, desde janeiro deste ano, no gabinete do deputado estadual Geraldo Pudim (PR), no cargo de assessor parlamentar. É aliado de primeira hora desde que o grupo de Garotinho era do PMDB. Quando Clarissa Garotinho era presidente da Juventude do PMDB, Nayt foi presidente da Executiva Provisória do PMDB Afrobrasileiro. Procurado pelo GLOBO, ele não foi encontrado.

Nayt, que seguiu o grupo de Garotinho na migração para o PR, aparece em fotografias ao lado do ex-governador e de aliados políticos, entre eles Fernando Peregrino, Geraldo Pudim, Rosinha e Clarissa Garotinho. Peregrino e Pudim não retornaram as ligações para comentar a denúncia. Já a deputada Clarissa Garotinho negou que tenha havido incitação do partido para levar manifestantes para os protestos. Ela disse que já esteve em protestos como cidadã, assim como fizeram integrantes do PSOL, PT e PV.

Nayt já teve problemas com a polícia e foi indiciado duas vezes por estelionato. O assessor é acusado de passar cheques sem fundos e de ameaçar uma das vítimas, que recorreu à polícia. Em depoimento, ela ressaltou que Nayt se identificou como policial e matador.

A matéria completa pode ser lida AQUI no site do Globo.

A resposta de Garotinho 





"Mais uma vez as organizações Globo tentam iludir o povo do Rio de Janeiro com uma reportagem ridícula, publicada hoje em seu jornal Globo, que se transformou no diário oficial de Sergio Cabral e da Gangue dos Guardanapos. Tentam fazer com que o povo acredite que as manifestações do Rio foram orquestradas por militantes do PR. Até gostaria de ter a capacidade de colocar na rua aquelas milhares de pessoas que espontaneamente foram protestar contra assuntos tão diversos, inclusive contra a própria Globo e os partidos políticos. Como em todo o Brasil, o movimento rejeitou a presença ou vinculação com qualquer partido. A reportagem afirma que militantes do PR participaram das manifestações. Isso pode ter acontecido, como também participaram delas militantes do PT, do PSOL, PMDB, gente de todos os partidos e gente que não simpatiza por partido nenhum.

O Partido da República manifestou-se claramente sobre os episódios em todo o Brasil. Apoiou as manifestações e suas bandeiras, entre elas, fora Globo, e repudiou qualquer violência praticada pela polícia ou por qualquer grupo participante da manifestação. O PR por intermédio de sua direção não financiou nenhum grupo para participar de movimento ou ocupação na porta do governador Sergio Cabral. Se alguém o fez, foi por conta própria, e tem direito de fazê-lo e arcar com as consequências.

Como presidente estadual do PR, repúdio as mentiras publicadas na edição de hoje de o Globo, apoiadas, segundo a reportagem, em investigações da Secretaria de Segurança, a mesma que até hoje não conseguiu descobrir onde está o corpo do pedreiro Amarildo mas, que a pedido do seu chefe Cabral, já teria conseguido identificar que o PR teria financiado manifestações. Fantasia? Delírio? Ou desespero? As Organizações Globo trabalham pra encontrar um culpado para o desgaste de Cabral que esconderam durante tanto tempo. Se existe alguém culpado é a Globo que recebeu dos cofres do estado mais de R$ 700 milhões do governo de Cabral para engordar as contas dos seus donos e ajudá-los a subir no topo dos mais ricos do mundo às custas dinheiro público".

Anthony Garotinho
Deputado Federal
Presidente estadual do PR 

5 comentários:

Anônimo disse...

Ta na cara que foi isso.

Davi disse...

E olha que o cara saiu bem na foto! Além da foto tem problemas na justiça? Sorte dele que os advogados do partido ( vários), estão debruçados para processarem seus acusadores. Acho que o garotinho e o seu partido, são os que mais utilizam a justiça neste país, não é verdade? Será por quê?

Anônimo disse...

Engraçado é que eles falam que não possuem provas.. Mas se a policia abriu um inquérito é porque tem provas.

Anônimo disse...

furthpenDoutor Claudio,existem algumas questões que não estão muito claras. Seis pessoas em meio a um multidão de 1 milhões podem ser considerados infiltrados ? E se o processo corre em segredo de justiça, como O Globo teve acesso a todos esses dados, inclusive divulgando os nomes dos investigados? O fato de militantes de outros partidos participarem do ato é irregular?

Anônimo disse...

Doutor Claudio,existem algumas questões que não estão muito claras. Seis pessoas em meio a um multidão de 1 milhões podem ser considerados infiltrados ? E se o processo corre em segredo de justiça, como O Globo teve acesso a todos esses dados, inclusive divulgando os nomes dos investigados? O fato de militantes de outros partidos participarem do ato é irregular?