domingo, 10 de junho de 2012

Banco suspeito de fraudes e irregularidades possui dinheiro aplicado da Previcampos



Cruzeiro do Sul pode dar prejuízo de até R$1,5 bilhão a fundos de pensão


O GLOBO 


BRASÍLIA e RIO — Fundos de pensão de estatais, de estados e de municípios investiram R$ 1,523 bilhão no banco Cruzeiro do Sul, que está sob intervenção do Banco Central (BC), por suspeita de fraudes e irregularidades. Do total, R$ 1,097 bilhão são recursos das entidades de previdência dos funcionários de estatais e R$ 426 milhões vieram de institutos de servidores estaduais e municipais, de acordo com levantamento do governo. Esses recursos, segundo o secretário de Previdência Social, Leonardo Rolim, estão ameaçados.


A garantia desses investimentos depende do futuro do banco (venda, depois de saneado, ou liquidação) e da varredura que está sendo feita na instituição sobre a qualidade dos ativos. Ou seja, se o crédito estiver lastreado em empréstimos verdadeiros (consignados, principalmente, atuação forte do banco), as entidades vão reaver o dinheiro. Se foram lançamentos fictícios, terão prejuízo.


— A situação ainda não está clara e eventuais prejuízos dependem da conclusão dos trabalhos do BC — disse o secretário. 


No caso dos fundos de pensão das estatais, segundo informou a Superintendência de Previdência Complementar (Previc), as aplicações são vinculadas a papéis emitidos pelo Cruzeiro do Sul ou cotas de Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios (Fidcs). Do valor total, 52,94% estão investidos em depósitos a prazo, com garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) no limite de R$ 20 milhões por CNPJ e 33,96%, em cotas de Fidcs. 


Segundo levantamento da Previdência, responsável pela fiscalização dos regimes de aposentadoria de servidores estaduais e municipais, 41 fundos têm dinheiro aplicado no Cruzeiro do Sul, sendo 36 municipais, entre eles o Previcampos (RJ) e cinco institutos estaduais (Pernambuco, Rondônia, Amapá, Amazonas e Pará). Praticamente todos os investimentos estão concentrados em Fidcs, onde o BC também detectou problemas — lançamentos de créditos fictícios. 


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Segundo Rolim, o montante aplicado por essas entidades não é preocupante em relação ao patrimônio do conjunto dos fundos de pensão estaduais e municipais, que é de aproximadamente R$ 60 bilhões. Ele lembrou que na quebra do banco Santos os fundos de pensão perderam R$ 600 milhões e que, embora a situação do Cruzeiro do Sul seja diferente, tem que servir de aprendizado para reforçar o rigor dos fundos na hora de escolher onde aplicar seus recursos. 


— Apesar do potencial de ganhos maiores, aplicar em bancos de menor porte é mais arriscado porque os ativos dessas instituições podem ser mais frágeis — disse. 

Ele destacou, no entanto, que os fundos dos servidores estaduais e municipais têm dado preferência às instituições de maior porte. O Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, por exemplo, concentram cerca de 80% dos investimentos dessas entidades. Em seguida, aparecem Bradesco, Itaú, Banrisul, Santander, HSBC, BNY Mellon (com sede em Nova York) e o Cruzeiro do Sul. 

A Previc informou em nota que está acompanhando a situação do Cruzeiro do Sul. Afirmou ainda que as entidades, além dos cuidados prudenciais exigidos pela legislação, estão sendo monitoradas sobre controles de riscos e procedimentos adotados pelas empresas para a garantia e custódia dos ativos alocados em Fidcs.

A informação é do Globo e do blog do jornalista Fernando Leite.

2 comentários:

Anônimo disse...

É MUITO grave as coisas que estão acontecendo em Campos e que colocam o CIDADÃO no DIREITO de questionar as instituições criadas para proteção dos preceitos constitucionais .Criadas para a PROTEÇÃO dos DIREITOS dos cidadãos.

Tô me sentindo palhaço - meu nariz, tá muito vermelho disse...

Dinheiro de prefeitura, não é para ser APLICADO NO MERCADO FINANCEIRO. No máximo, deve ser depositado numa conta corrente ou poupança. Prefeitura, é uma instituição pública, sem fins lucrativos. Portanto, a quem interessa aplicar o dinheiro público e com qual finalidade se aplicou tal dinheiro público ? Enquanto isso faltam remédios, nos hospitai e postos de saúde. Enquanto isso os funcionários da prefeitura recebem um vergonhoso reajuste salarial de 5,1% e apesar disso a prefeita rosinha, estaria aplicando milhões no mercado financeiro.

Mais um vez, nota-se, a falta de transparência da prefeita rosinha, com a coisa pública.