Dar preferência à guarda compartilhada nas separações conjugais com filhos pode parecer um avanço nas relações de família. Mas a regra aprovada pela Câmara nesta semana e que espera pela sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para entrar em vigor pode vir a ser uma faca de dois gumes caso imponha uma condição que o casal não consiga respeitar.
FONTE- SITE ULTIMA INSTÂNCIA.
OPINIÃO DO BLOG.
Sou advogado militante na área de família há sete anos. Sou advogado responsável pelo Setor de Família de um Núcleo de Prática Jurídica e não vejo com bons olhos a Guarda Compartilhada. Os pais brasileiros não estão preparados para absorver esse tipo de guarda. Quando um casal se encontra em litígio, na maioria das vezes fazem dos filhos verdadeiras 'moedas de troca'.
Importante dizer que os magistrados não podem impor aos pais a guarda compartilhada. Mesmo havendo previsão legal, o instituto possui roupagem social importante e que não será suprida com imposições legais.
O que realmente é necessário é a mudança de comportamento dos pais e de alguns advogados que, infelizmente, não colaboram com a conciliação e acabam tornando o processo ainda mais doloroso. Os filhos devem ser os mais preservados, pois as consequências de uma separação para os mesmos, muitas vezes, equipara-se à morte.
Postado por Cláudio Andrade.
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