sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Delitos privados e públicos no histórico do político


O Congresso Nacional se tornou palco de intrigas com agressões morais e físicas. Hoje, para quem tem vergonha na cara, não custa lembrar que já temos um senador da república preso, um presidente da câmara sem moral e a chefe do executivo federal com chances de responder a um processo de impeachment.

Quanto a Eduardo Cunha, é algo digno da mais absurda ficção que o Brasil esteja preso às decisões de um sujeito que não teria condição moral de criticar Beira-Mar, o notório traficante e assassino carioca.

A luta pelo poder desenfreado que está ocorrendo no legislativo e executivo federal expõe fraturas que já sabíamos existir, mas que agora são apresentadas sem o mínimo de pudor. Essa turma perdeu a moral, pois não honra pai, mãe nem mesmo os seus filhos, muito menos, o povo.

São seres execráveis que entraram para a política para serem sanguessugas do dinheiro público. Não possuem vergonha na cara e tratam os anseios populares como moedas de troca tendo como objetivo principal serem eternizados nos cargos que ocupam.

Essas deprimentes carreiras políticas poderiam ter sido evitadas em seu nascedouro. Aqueles que iniciaram a vida como porteiros com certeza roubaram alguma encomenda deixada na portaria para um condômino.

Caso tenham sido bancários ou chefes de algum setor de finanças, em determinado momento, alguém deu por falta de quantia em espécie, mesmo que tenha sido pequena.

Acaso algum deles tenha sido eleito para presidente de clube social ou de futebol o nome deve ter sido incluindo de forma negativa na venda de algum jogador ou em mensalidades de sócios pagas, mas não computadas.

Se alguns deles antes foi vendedor de carros ou de motos não tenha dúvidas de que ele empurrou um desses veículos para o consumidor com o motor batido ou com o chassi adulterado.

Uma vez médico, cobrou por consultas que deveriam ser gratuitas e usou material e remédios vencidos ao invés de denunciar o fato aos seus superiores hierárquicos.
Tendo sido dono de posto de gasolina, podem acreditar que ele adulterou o combustível vendido causando prejuízos enormes aos proprietários de veículos.

O problema é que todos esses corruptos que na época estavam em fase embrionária foram ignorados pelos eleitores. Parece que as condutas criminosas acima citadas foram abonadas e que o caráter de cada um deles foi purificado ou restabelecido quando diplomados e empossados.

Mentira! Eles apenas evoluíram na criminalidade e agora, com o poder nas mãos, aprimoraram seus delitos, antes praticados na esfera privada.

Agora praticam corrupção em massa causando danos coletivos a uma extensa e incontável parcela de cidadãos eleitores e contribuintes.

Só existem duas ações a serem praticadas: eliminar no nascedouro os futuros ladrões do dinheiro público e expulsar via voto coerente, os mandatários que escolheram a vida política para roubarem descaradamente.

Caro leitor, a faxina é necessária e possível, basta você querer.

Cláudio Andrade.

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