sexta-feira, 22 de maio de 2015

A odontologia pública de Campos e os repasses do governo federal


Pelo visto, a crise no setor odontológico da Prefeitura de Campos poderia ter sido minimizada há bastante tempo

O estado crítico da Odontologia Pública - narrado na última Coluna "Política em Destaque" - se torna mais grave ainda quando nos deparamos com alguns números de repasses feitos pelo Fundo Nacional de Saúde para a administração da prefeita Rosinha.

Podemos citar inicialmente o “Brasil Sorridente” que é um programa que visa garantir a promoção, prevenção e recuperação da saúde bucal da população e é feito por meio do SUS (Sistema Único de Saúde).

Nos anos de 2010, 2011 e 2012, o Fundo Nacional de Saúde repassou a importância de R$ 565.770,00 (quinhentos e sessenta e cinco mil setecentos e setenta reais) referente ao “Brasil Sorridente” e, pelo visto, na prática, a população não está usufruindo de forma adequada.

Além disso, causa espanto o fato de que não consta no site do Fundo Nacional qualquer repasse referente aos anos de 2013, 2014 e 2015 - o que precisa ser explicado pelo representante do setor de odontologia e também pela prefeita Rosinha. Qual foi o problema que gerou a suspensão dos repasses?

Com relação à implantação do Centro de Especialidade Odontológica (CEO), o Fundo Nacional de Saúde repassou somente o mês de Novembro (único repasse), o valor de R$ 75.000,00 (setenta e cinco mil reais). Nesse contexto, precisamos questionar se a aplicação dessa verba já foi feita e quais benefícios diretos os usuários do serviço odontológico público tiveram.

Em relação ao ESF (Estratégia Saúde da Família), segundo o site da Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes, de acordo com o vice-prefeito e secretário de Saúde, Doutor Chicão, a Prefeitura já reativou a ESF em onze locais, visando o fortalecimento da Atenção Básica.

Porém, o que não foi relatado pelo secretário de saúde é que o Fundo Nacional repassou para o programa ESF, no ano de 2014, a quantia de R$ 124.000,00 (cento de vinte e quatro mil reais) e, em 2015, R$ 220.000,00 (duzentos e vinte mil), somente nos primeiros cinco meses do corrente ano.

Vale destacar que os valores referentes ao ESF - citados e correspondentes a 2014 - não representam os doze meses do ano e, mesmo assim, a soma 2014/2015 é de R$ 344.000,00 (trezentos e quarenta e quatro mil reais).

Pelo visto, esses valores somados às demais verbas de repasse não traduzem, na prática, a realidade da odontologia pública de nosso município.

As fotos divulgadas nas redes sociais comprovam um cenário desolador em que profissionais e pacientes estão sendo submetidos a um sistema que inviabiliza qualquer progresso na área de saúde bucal.

Pelo visto SORRIR em Campos dos Goytacazes é tarefa árdua e um privilégio para poucos.

Cláudio Andrade

4 comentários:

Anônimo disse...

Convido o senhor garotinho a levar um dos seus filhos para ser atendido na rede pública odontológica no atual estado que está. Já que ele está mandando na prefeitura, poderia utilizar seu tempo para investir de verdade na odontologia, e não ficar mandando a secretária de administração ou a coordenação odontológica ficar perseguindo os dentistas.

Anônimo disse...

E a pergunta que não quer calar....ONDE ESTÁ ESSE DINHEIRO???????

Anônimo disse...

Em relação ao CEO: que CEO? Campos não tem CEO. Tem no centro de saúde clinicas de atendimento odontológico especializado que já existiam muito antes do CEO. Não sei pra onde esse dinheiro vai.
Em relaçrelação a ESF: a prefeitura enche a boca pra falar q reativou o programa. Se reativou, por que nao chama os dentistas aprovados no concurso do psf ? Os dentistas estão recorrendo à justiça pra garantir suas vagas. Nos postos que funcionam ESF Trabalham dentistas da rede, não ganham salário de ESF e a prefeitura fica maquiando ubs pra enganar o povo.
as fotos que circularam nas redes sociais, posso garantir: sãode consultórios em excelente estado, pois muitos outros estão bem piores, dentistas sendo obrigados a trabalhar sem ar condicionado, com vazamentos na cuspideira (ou seja, tudo q o paciente cospe vai parar no chão) com mofo, goteiras e vazamentos nas parede e teto e chão, sem material necessário. Sou dentista de rede e não vou me identificar por medo de repressão, perseguição, retaliação, ameaças, assédio moral . Essa eh a realidade da odontologia em Campos. Somos obrigados a trabalhar sem condições, caso contrário sofremos as consequências. Socorro. Vivemos com medo !

Anônimo disse...

Sr promotor dos Direitos Difusos, a cidadania faz a pergunta :
Será que precisa de denúncia formal para que a promotoria pública possa agir e oferecer denúncia à justiça?
Meu Deus!
Escolas em petição de miséria ,fotos e mais fotos de uma odontologia que mais parece um chiqueiro e a promotoria pública não faz nada,não se mostra para dar satisfação aos contribuintes ?
Como assim?