quinta-feira, 21 de maio de 2015

Fotos provam o caos estrutural na rede de ensino municipal de Campos





Assunto comum nos últimos dias, a greve dos professores das escolas municipais de Campos ganhou adesão de 95% da categoria, segundo informações do comando do movimento. Mas, o que algumas pessoas ainda não sabem é que além de pedir melhores salários, os docentes exigem também melhores condições nas escolas onde trabalham. O jornal Terceira Via conseguiu fotos de várias escolas da rede pública da cidade que mostram a situação destes locais.

No Ciep Arnaldo Viana, no bairro Parque Aurora, as imagens mostram parte do esgoto que passa dentro da cozinha. Segundo funcionários, a água da pia é esgotada pelo local, que às vezes até transborda. Ainda segundo os funcionários, quem também passa pelo espaço do esgoto são ratos, vistos com frequência por lá.

Na escola Municipal Professor Fernando de Andrade, no bairro Parque Guarus, é possível ver salas de aula e corredores com goteiras. Em outra parte, pedaços de madeira boiam em uma área alagada ainda próximo da sala de aula. E quem vai deixar um filho na Creche Bruno da Silva Macabu, no bairro Jardim Boa Vista, se depara com uma montanha de entulho e lixo. Para piorar, um gato morto também foi deixado no local.

Na Escola Municipal João Batista de Azeredo, em Travessão, o problema é com o esgoto que transborda com frequência e atrai insetos e roedores. Na Escola Municipal José Giró Faísca, também em Travessão, os professores apontam vários problemas. O principal deles é o espaço inadequado. As aulas acontecem em um prédio alugado que já foi um posto de saúde e cada sala consegue atender, em média, apenas dez alunos. Além disso, a caixa de gordura da cozinha transborda com frequência.

No Jardim Carioca, a Escola Municipal Santo Antônio tem fechaduras e armários arrebentados, paredes com infiltrações, armários sem porta, e até uma janela fora do lugar - o que oferece risco para os estudantes.

Já a Escola Municipal Professor Carlos Bruno Ribeiro do Amaro, na área rural, tem dois banheiros, sendo que um está com defeito. Por lá, os professores reclamam do espaço reduzido e do mau estado de conservação das instalações. Pelas fotos também é possível ver fiações expostas e mofo no banheiro.

A reportagem do Terceira Via também recebeu outras fotos, mas por medo de represálias, os funcionários das escolas não citaram seus nomes. Nestes locais, muros e paredes estão rachados e com infiltrações, além de ter janelas com vidraças quebradas.

Sempre respeitando o princípio do contraditório e buscando as diferentes versões para um mesmo fato, o jornal Terceira Via tentou contato com a Prefeitura de Campos, sem obter respostas. Ainda assim, o jornal aguarda e publicará as versões para este fato.

Priscilla Alves

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