domingo, 30 de março de 2014

Denúncia: Menina engole objeto e HFM não tem pinça para procedimento


"Não aguento mais ver a minha filha sofrendo, deitada em uma cama de hospital, sem ter como ajudá-la e dependendo da boa vontade da equipe do Hospital Ferreira Machado para transferir minha menina para o Rio".

É com este desabafo que a Lívia Queiroz, mãe da pequena Ana Calara Queiroz Borges, de apenas quatro anos, mostra sua indignação com o tratamento recebido pela menina no hospital de Campos.

Ana Clara está internada no HFM desde a última quarta-feira (26 de março), após ter engolido um enfeite de metal de um anel. O objeto foi parar no pulmão da criança e ainda não foi retirado por falta de uma pinça específica para o procedimento.

"Ela já passou por duas cirurgias sem sucesso porque o hospital não tem um instrumento chamado pinça, para a retirada do objeto no pulmão. Desde a primeira operação eles disseram que ela teria que ser transferida para o Rio, mas até agora nenhuma providência foi tomada e minha filha continua sem atendimento especializado. Uma outra cirurgia foi feita mas também sem sucesso. Não aguento mais ver minha filha sofrer e não ter respostas da equipe médica", disse Lívia.

A família da criança quer que Ana Clara seja transferida imediatamente, antes que seu quadro se agrave.

"Queremos mais respeito e informações. Estamos desde quarta-feira esperando por esta transferência, com uma criança que pode até pegar uma infecção devido a seu quadro clínico. Minha filha precisa de atendimento urgente e eles parecem não respeitar nossa dor", relatou o pai Diego Borges.

Depois de passar por dois procedimentos de broncoscopia no Ferreira Machado, Ana Clara continua internada na enfermaria da unidade pediátrica. A menina implora aos pais para ir embora.

"Nossa filha está cansada, já passou por duas cirurgias e seus quadro continua o mesmo. Porque fazer duas cirurgias com instrumentos que não são ideais? Porque não nos dão uma resposta sobre sua transferência. Somos pais, queremos ter nossa filha em nossos braços com saúde e para isso estamos lutando por respostas. Ela só pede para ir para casa, mas não sabemos nem o que responder para ela", disse Lívia.

O Terceira Via entrou em contato com o Hospital Ferreira Machado e segundo a assessoria da unidade, a equipe de médicos realizou duas tentativas de retirada do objeto do pulmão da paciente com pinças de médio e longo alcance, porém, sem sucesso. Ainda de acordo com a assessoria, Ana Clara foi foi incluída no sistema de regulação para transferência para um hospital especializado no Rio, o que deve acontecer no início da semana.

Terceira Via.

Um comentário:

Davi disse...

Será que se ela fosse filha de um de nossos políticos que atuam em Campos, ainda estaria aqui aguardando socorro?