Não é sobre o Big Brother que irei escrever. Afinal, consta (também já dei minha espiadinha) que neste programa global existe o famoso e temido paredão. Nem tão pouco falarei de muro alto e espesso que alguns moradores colocam em suas residências a fim de se protegerem.
O que irei relatar está instalado em pleno Boulevard de nossa cidade (bem em frente à Rua do Sacramento). É um paredão humano de difícil penetração.
Trata-se de pessoas que nos cercam de forma obstinada, impedindo o direito de qualquer cidadão: (o de ir e vir).
São ciganas, moças e rapazes de agências bancárias, de financeiras e os habitués pedintes. Acredito que a rua é do povo, que todos precisam de trabalho, mas a insistência na abordagem dos que por ali passam, irrita e nos impede de seguir os preceitos da boa educação: “devemos dar atenção aos que a nós dirigem a palavra”.
Sem rabugices. Acho que persistindo tais fatos evitarei passar por ali e assim sairei perdendo. Perderei de sentir o aroma das flores da lojinha do Calçadão; deixarei de ir à Catedral comungar com os santos; não desfrutarei da brisa matinal que o vento nordeste nos proporciona; não irei usufruir do encontro de amigos e, principalmente, privarei de conhecer personagens do cotidiano tão interessantes para minhas crônicas...
Walnize Carvalho
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