Hoje estava ouvindo um programa de Rádio e observei algumas coisas que me preocuparam bastante. O apresentador do programa visando angariar possíveis eleitores para seu parente que é pré-candidato, entrevista no ar outro parente. Esse, detentor da carteira da OAB convoca os ouvintes menos favorecidos para comparecerem em seu escritório de advocacia.
Tal atitude fere o Código de Ética da OAB que exige dos advogados moderação e discrição no oferecimento de seus serviços advocatícios. Usar a rádio para captar clientes e direcioná-los para o voto de cabresto é digno de pena e merece uma atitude firme da OAB.
Sou advogado e tenho um programa de rádio há sete anos. Desafio qualquer ouvinte a apresentar alguma fita de meus programas onde digo o endereço de meu escritório. Nunca fiz, pois sei que trata-se de concorrência desleal e a minha intenção no rádio é o serviço social.
Outra coisa vil é apresentar a prestação de serviços de forma gratuita. Não sou contra a gratuidade para os que necessitam. O triste é a conotação pejorativa que o dito advogado dá a sua própria atuação, como se trabalhar de graça fosse bonito. Não podemos confundir benevolência com exploração.
Para esse advogado é fácil oferecer serviços de forma gratuíta. Seus rendimentos são fixos e pagos por outro parente, que sendo um grande empresário, custeia a fala constrangedora de seu advogado de família.
Postado por Cláudio Andrade.
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