quinta-feira, 8 de maio de 2008

A COMUNICAÇÃO E O COMUNICADOR.

Campos dos Goytacazes passa por um momento administrativo delicado. Liminares, decisões, afastamentos e reconduções fazem a sociedade clamar por estabilidade. O que me preocupa é a guerra iniciada por algumas pessoas que trabalham na mídia.
Falo de pessoas, pois muitas delas não são jornalistas nem mesmo radialistas, mas utilizam principalmente a mídia falada e escrita para destilarem seus ódios pessoais, tendo o ouvinte e o leitor o papel de ‘cobaias’.
Os meios de comunicação não podem se tornar uma arma de ataque. Sua função é informar com o máximo de qualidade e isenção. Não cabem rompantes partidários ou paixões políticas de cunho individualista.
Campos dos Goytacazes é uma cidade detentora de um forte quadro midiático. Para continuarmos acreditando em suas informações, precisamos acreditar em seus atores. Trabalho em rádio e jornal há sete anos e assisto com preocupação a alguns embates pessoais que nada acrescem ao cidadão.
Temos que ter a convicção de que só ‘colhemos’ credibilidade quando mantemos a fidelidade aos princípios básicos da boa informação. Os meios de comunicação possuem uma margem de erro; afinal, o furo jornalístico às vezes ‘peca’ com uma informação truncada.
As eleições se aproximam e se faz necessário um toque de profissionalismo. Temos que fazer dos meios de comunicação a ponte entre o cidadão e a informação clara, isenta, moderada, independente de sermos favoráveis ou não a ela.
Trabalhar na mídia não nos confere o direito de abraçarmos causas. Podemos exercer nosso direito opinativo genérico, evitando ao máximo conduzirmos os raciocínios alheios, principalmente daqueles notoriamente mais desprovidos de consciência lógica.
Tenho minhas posições políticas e administrativas formadas. Mas quando estou falando para os meus ouvintes ou escrevendo aos meus leitores não posso tendênciá-los a seguirem minhas certezas. Devo entregar-lhes o conteúdo e eles construírem as suas convicções, que podem ser, inclusive, discordantes das minhas.
Em diversas ocasiões, somos tomados por revoltas. Isso é típico do ser humano. Mas a grandeza do homem encontra-se justamente na sua capacidade de transitar entre a paixão e a razão.

Postado por Cláudio Andrade.

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