domingo, 13 de janeiro de 2008

Mais Erótico do que Educativo

Há onze anos é editado, no Brasil, o Anuário Pay TV 2008. Trata-se do mais respeitado levantamento de TV por assinatura do país. No último levantamento, constatou-se uma triste realidade: possuímos mais canais eróticos do que educativos. O referido levantamento traz à tona a discussão da qualidade de nossa TV. Sexo é realmente uma das coisas mais deliciosas do mundo (existem aqueles que não gostam). Entretanto, não só de sexo vive o ser humano. O sexo difundido pelos canais por assinatura não é educativo, pois apesar da inclusão do preservativo nos filmes pornôs, não há neles qualquer cunho educacional. È sexo puro e para todos os gostos. Canais como Futura e Sesc TV não possuem programação atrativa que possa fazer frente aos belos corpos que se entrelaçam explicitamente para o deleite dos amantes telespectadores. Nos canais abertos, já não vislumbramos programações de qualidade. Os “lixos” informativos proliferam, deixando a impressão de que considerável parcela da sociedade torna-se cada vez mais idiotizada. Nesse sentido, se não contivermos os avanços dos filmes pornôs sobre os canais educativos, estaremos chancelando uma parceria desastrosa: sexo na TV por assinatura e futilidades, na Aberta. Vivemos em um país que cultua a televisão. Ela é, infelizmente, o maior meio de entretenimento, fazendo com que a leitura e a ida aos teatros e cinemas sejam ações secundárias, o que é realmente lamentável. A TV pública não me entusiasma. Mesmo mediante inúmeras promessas governamentais de imparcialidade, acredito que os interesses palacianos irão prevalecer. Trata-se de manter o Sistema sob controle, ou seja, liberdade de imprensa, moderando as programações contrárias à linha política governamental. A idéia central é manter a imparcialidade. Contudo, sem causar prejuízo político aos partidos da base aliada. Por fim, podemos citar o início de mais um Big Brother Brasil; o oitavo, diga-se de passagem. A adaptação da obra do escritor inglês George Orwell é uma overdose de futilidade, sem contar que as relações de disputa não são focadas na técnica ou no conhecimento. São traições, brigas, conspirações, tudo regido pelo desgastado ‘maestro’ Pedro Bial.

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