segunda-feira, 24 de julho de 2017

Filas na saúde ou caô de funcionário?



No Brasil inteiro são recorrentes as inúmeras filas que se espalham na frente dos hospitais públicos. Milhares de pessoas amontoadas que lutam para agendar um médico, exame ou mesmo concretizar um tratamento, contornam quarteirões.

A defesa natural do Poder Público, via secretarias de Saúde, é de que não há estrutura para atender a demanda. E que o prefeito está lutando por alternativas que minimizem a situação.

Todavia, sabemos que há pessoas aguardando exames de mamografia e a realização de fisioterapias. Outros aguardam leitos para serem internados ou remédios fornecidos, gratuitamente, que nunca chegam.

A resposta sempre protocolar dos secretários de Saúde são meias verdades. Por trás disso tudo existe um problema crônico tão grave quanto os acima citados, mas que é pouco ou quase nunca discutido: a má vontade de centenas de agentes públicos no trato e no atendimento aos contribuintes que precisam da rede pública de Saúde.

Muitos funcionários, sejam eles concursados ou não, reconhecem o poder público como um local indesejável. Quando chegam ao trabalho não possuem qualquer espírito público e descontam nos munícipes a sua revolta quanto ao salário baixo, ou não recebido, os problemas familiares e a má vontade de ter que servir ao próximo.

Isso mesmo! Existem pessoas que detestam resolver os problemas alheios mesmo sendo essa a sua obrigação quando aprovada em concurso público.

O dia de sexta feira é caótico. Parece que, após o meio dia, alguns funcionários, estatutários ou não, são acometidos de alguma síncope e desaparecem de seus respectivos setores como se uma emergência ou um agendamento de última hora fosse inadmissível.

Esses agentes públicos são acomodados, pois absorveram por completo a visão de que ‘setor público’ é algo feito para não ser resolutivo, não ofertar nada de qualidade e ser emperrado. Nesse caso, ele só presta algo minimamente decente se houver o famoso ‘quem indica’ ou se a propina ‘comer solta’.

Na ponta, desguarnecidos, desesperados e morrendo, se encontram aqueles que precisam que os agentes públicos, que recebem dos seus respectivos poderes, via dinheiro do contribuinte, ofereçam um serviço de qualidade para não ‘desaparecerem do mapa’.

Nesse momento tem gente em casa atrofiada, sem remédio, em cima de uma cama, cheia de escara por não ter recebido atendimento de qualidade. Tudo isso por falta de estrutura e também da má vontade de uma leva de funcionários públicos que odeiam trabalhar e que destroem a imagem do governo pelo qual são subordinados.

Outro grave problema é o ódio que os funcionários possuem de não desejar cumprir horário. Diversas categorias profissionais simplesmente se recusam a ficar nos seus setores de trabalho o tempo que a lei exige.

Esses agentes tratam as repartições onde estão lotados como sucursais de suas casas. Como se no âmbito público pudessem fazer as coisas erradas que devem, por força do hábito, realizar em seus lares.

Esse tema não se esgota aqui, mas uma pergunta precisa ficar: o caos na Saúde se deve somente a alardeada falta de estrutura ou há muito funcionário que simplesmente vê a banda passar?

Cláudio Andrade.

10 comentários:

Anônimo disse...

Lamentável essa sua postagem!

suzana disse...

Eu li isso mesmo? Que lástima!

talvados disse...

Declarações realistas e corajosas pois os políticos se preocupam mais em se preservarem no poder que lutar pelas mudanças necessárias !

Unknown disse...

É mais fácil político da "caô" do que funcionário público! Que termo " xulo" hein!

Unknown disse...

Não adianta bloquear os comentários. Quem oferece a cara a tapa tem que deixar abater.

Anônimo disse...

Comentários discorda do de você, não é publicado né. Igual ao do blog do Garotinho

Ana Celina de Azevedo disse...

Prezado vereador, folgo em saber que o assunto não se esgotou!!! Como alguém, com 32 anos de serviço público estadual e municipal,na condição de estatutária, com presença produtiva em 98% do tempo, salvo quando me afastei por licenças médicas, devo lhe dizer que seu artigo carece de justiça. Se por um lado existem sim, servidores(gosto muito deste termo) relapsos, que ganham sem trabalhar, sob o apadrinhamento de políticos inescrupulosos, ou ainda, os que fazem do serviço público fachada para seu desempenho profissional inadequado e aviltante, do outro, existem os que honram e dignificam a função exercem atendendo a população, muitas das vezes, tirando do proprio bolso para atender carências que o poder público não atende. Sendo servidora da Educação e estando ligada à inúmeros governos nas últimas décadas, tenho um acervo de lembranças que me acalentam a alma, que desmentem suas colocações verador. Somos uma categoria sofrida e mal remunerada em sua grande maioria e que faz do seu dia a dia, muito mais que um exercício profissional, mas um sacerdócio. Nos dias atuais, quando os desmandos governamentais desconstruiram instituições de serviço público em todos os âmbitos , mais que nunca, sei os servidores que mantêm o atendimento apesar de.... com a dedicação e comprometimento. Sempre advoguei o bom atendimento no serviço público e salvo os colegas que desonram as funções que exercem e a categoria que representam, devo neste momento usar seu espaço e parabenizar à todos, pelo bem que fazem à população. Creio que seu texto merece ser revisto,para que não pairem dúvidas quanto ao seu comportamento e suas idéias, pois o considero um homem público bem intencionado e apto a fazer do seu gabinete, quartel general, um QG das causas públicas.
No caso especificamente citado, NÃO acredito de hajam exageros ou CAÔ de funcionários, mas a retratação do CAOS governamental instalado em todo o Municipio e Estado. Me coloco à sua disposição pata discutir o que aqui registro. Abs

Marcelo disse...

Enquanto servidor público jamais poderia ler algo deste tipo e ficar calado, cheguei a pensar que fossem palavras do ex presidente Lula, visualize uma cena : vc em um acidente de trânsito, em estado gravíssimo, levado as pressas para o HFM acha mesmo q ao meio dia não tera ninguém para atende-lo, venha viver a realidade não dedilhe asneiras daquilo que vc não vê e nitidamente percebemos que não conhece, nao há em nossos contracheques auxílios universais semelhantes a de um vereador, tão pouco locais ideias de trabalho que se aproxime de uma acolchoada cadeira na Câmara e mesmo assim eu garanto á vc que já servi ao município muito mas do que o senhor com todas as suas honrarias e moções faraônicas de aplausos inexplicáveis!! Desce do palco e visite o caos pois caô é uma palavra tão esdrúxula quanto a atual reputação de alguns políticos!! Veja bem eu disse alguns políticos!!

Ana Celina de Azevedo disse...

Interessante....
Aguardo meu comentário feito na manhã do dia 27 ser publicado e até agora não foi?
Pq será???

Anônimo disse...

Quando o governante é BOM, o povo é feliz.
Quando o governante é MAU, o povo sofre...
A culpa é mesmo do servidor? Acho que não.