sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Rosinha e Edson: repasses e gastos


Segundo o site da Prefeitura de Campos, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho noticiou, em 2014, que Campos dos Goytacazes gerou 1.402 novas vagas de emprego com carteira assinada.

Devido ao descontrole administrativo causado pela Prefeitura de Campos dos Goytacazes, aproximadamente três mil pessoas na categoria dos terceirizados, sem contarmos DASs, foram demitidos.

Dentro desses aproximados três mil demitidos, o salário varia em torno de R$ 1.200 (mil e duzentos reais) por mês. São pessoas que prestavam serviços de base e de extrema importância, como zeladoria e vigilância. Os danos com a falta desses serviços já podem ser notados devido aos inúmeros furtos em escolas públicas e, recentemente, no Patronato São José.

Enquanto isso, Rosinha mantém alguns agentes públicos em cargos com vencimentos que variam de quatro a seis mil reais. Agentes que, diante da complexidade das atividades exercidas, “saem caro” ao contribuinte se observarmos o custo-benefício do investimento e da prestação laboral.

Na Câmara de Vereadores de Campos, a situação custo-benefício também pode ser abordada, mas sob outro ângulo. A Casa do Povo deve receber, neste ano de 2015, em termos de orçamento repassado pelo Executivo dirigido por Rosinha, a quantia aproximada de 30 milhões (trinta milhões) de reais.

Diante disso, podemos fazer uma determinada conta. Se o valor se concretizar em trinta milhões e o dividirmos por doze meses, chegaremos a uma quantia mensal de dois milhões e meio de reais, que será utilizada para o pagamento dos subsídios dos edis, no patamar bruto de treze mil, além das despesas com contratos, cargos de confiança, dentre outros fins.

Dentro desse orçamento, o maior “ralo” é com o pagamento dos contratos, como os de jardinagem, garçom, copeiragem e outros.

Nesse caminhar, torna-se imperioso dar publicidade a esses repasses já que dentro dessa engrenagem estamos diante de dois Poderes (Executivo e Legislativo) que, devido à composição política atual (Rosinha possui maioria dos vereadores nas mãos), estão colados e as verbas, por sua vez, encontram-se impossibilitadas de serem apresentadas à sociedade de forma transparente.

O ano de 2015 deve ser visto e monitorado pela sociedade contribuinte. Não podemos aceitar respostas oficiais protocolares sem termos acesso aos dados exatos.

O campista precisa resgatar seu espírito contestatório em que o ‘porquê’, ‘como’ e ‘por quanto’ passem a povoar nossas mentes.

Com essas indagações, mesmo a fórceps, estaremos obrigando os administradores públicos a qualificarem seus discursos e detalharem ao contribuinte o destino dado ao dinheiro público.

Volto a afirmar. Caso deixemos a manobra do poder se aprimorar, viveremos um caos irreversível onde a corda arrebentará para o lado mais fraco: o contribuinte.

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