Um paciente do Hospital Ferreira Machado (HFM), que precisa passar por uma cirurgia na perna, há três semanas, não consegue o atendimento por falta de materiais. A informação é da mulher, Magaleni Barreto, que indignada, aponta a precariedade da saúde do município.
Ricardo da Silva Azevedo sofreu um acidente de moto enquanto trabalhava no dia 30 de outubro, na Avenida 28 de Março, próximo ao Instituto Federal Fluminense (IFF). Segundo Magaleni, Ricardo está internado há 22 dias na unidade e a família não tem condições de arcar com um atendimento particular, já que a cirurgia custa de R$ 25 a R$ 40 mil. O ortopedista informou à família que não há parafuso e broca para adaptar o fixador em sua perna.
“A cirurgia de Ricardo foi marcada para terça-feira (4), mas na véspera, disseram que outro Ricardo passaria pelo procedimento. Na segunda (10), pediram um jejum de 22h às 13h do dia seguinte, mas a cirurgia também não aconteceu. Ricardo cumpriu o jejum, mas não foi atendido, então, procurei a enfermeira do Centro Cirúrgico. Ela informou que a cirurgia foi cancelada. Na quinta-feira (12) remarcaram para esta terça-feira (18). O jejum foi feito e logo pela manhã o médico disse que prepararia uma cirurgia provisória. O ortopedista disse ainda que o caso de Ricardo é muito grave e que o procedimento iria movimentar o joelho, para que ele tivesse uma qualidade de vida”, contou.
Depois de mais de uma hora de espera, o paciente foi levado para a porta do Centro Cirúrgico e mais uma vez a cirurgia não aconteceu. “Ele já estava sem roupa e tenso, quando o médico avisou que não iria operar por falta de materiais. Tenho um filho pequeno para cuidar, um comércio para tocar e conto com ajuda de familiares para ficar com Ricardo no hospital. Estamos cansados. Sabemos que a prefeitura tem dinheiro, mas para onde ele vai?”, disse acrescentando que a cirurgia foi remarcada para a próxima terça-feira (25).
Resposta
Por meio de nota, a assessoria do Hospital Ferreira Machado (HFM) informou que algumas cirurgias demandam de material especial e por isso, não se tem em estoque. O referido material é solicitado ao fornecedor que após a aquisição entrega ao hospital. Em alguns casos são especialmente fabricados para atender a demanda.
Terceira Via.
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