"Pacientes do Hospital Escola Álvaro Alvim provocaram um grande tumulto na manhã desta terça-feira (29 de outubro), dentro da instituição hospitalar.
Revoltados com a grande desorganização e o péssimo atendimento, eles ameaçaram invadir a sala do setor de qualidade e a Polícia Militar teve que ser chamada para garantir a segurança dos funcionários.
De acordo com os pacientes, o hospital liberou 70 senhas para a marcação de exames e consultas médicas, mas havia mais de 700 pessoas na fila desde o início da noite de segunda (28).
A empregada doméstica Rosélia Silva Passarinho foi uma das prejudicadas. “Estou aqui desde três horas da madrugada, passando mal para eles avisarem que não poderei ser atendida. Isso é um absurdo. A falta de respeito do hospital é muito grande”, afirmou.
Lucília Rodrigues foi apenas uma das centenas de pessoas que não receberam atendimento. Segundo ela, a direção do hospital chamar a polícia foi um ato de covardia. “A polícia tem que prender ladrão. Não somos vagabundos. Estamos aqui porque é obrigação do poder público proporcionar saúde básica a população. Bando de covardes”, desabafou.
Além da revolta com toda a falta de respeito, os pacientes ainda denunciam que o hospital não faz nada para coibir a venda de senhas. “O hospital não está nem aí para gente. Eles querem mais é que o povo morra. Lá fora estão vendendo senha por R$ 60,00 e o preço da marcação de exames pelo plano social é de R$ 70,00”, disse.
Para se defender, uma funcionária explicou que o problema é da prefeitura que não faz corretamente o processo de entrega das senhas nos postos do bairro. “Vocês têm que procurar a secretaria de saúde para reclamar. Não vai adiantar nada isso que vocês estão fazendo aqui. É a prefeitura não destina corretamente a distribuição de senhas”, dizia a funcionária para tentar amenizar o caos".
Fonte: Terceira Via
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