O vereador Cláudio Andrade recebeu no gabinete, a historiadora Sylvia Paes. Juntos, eles iniciarão um minucioso trabalho que visa trazer para a cidade de Campos os restos mortais do ex-presidente da República, o campista Nilo Peçanha. Atualmente, o material se encontra no cemitério São João Batista, em Botafogo, na capital carioca.
Durante a reunião ficou acordado que a historiadora irá buscar no município de Niterói algum parente do ex-presidente campista, uma vez que Nilo não teve filhos. Dessa forma, somente após a localização de algum familiar é que os procedimentos jurídicos do translado poderão ser iniciados pelo vereador Cláudio Andrade.
Histórico
Nascido em 02 de outubro de 1867, Nilo Peçanha era filho de Sebastião de Sousa Peçanha, padeiro, e de Joaquina Anália de Sá Freire. Teve quatro irmãos e duas irmãs. A família vivia de maneira muito humilde em um sítio no atual distrito de Morro do Coco. O pai de Nilo era conhecido na cidade como “Sebastião da Padaria”.
Com a morte de Afonso Pena em 1909, Nilo Peçanha assumiu o cargo de presidente. Durante o mandato presidencial, o campista criou o Ministério da Agricultura, Comércio e Indústria, o Serviço de Proteção aos Índios (SPI), e inaugurou o ensino técnico no Brasil. No mesmo ano, o presidente Nilo instalou dezenove escolas de Aprendizes Artífices destinadas “aos pobres e humildes”, em vários estados.
Eram escolas similares aos Liceus de Artes e Ofícios, porém voltadas para o ensino industrial. Este ano, Nilo Peçanha completa 150 anos de morte.
Para o vereador Cláudio Andrade é importante para a história de Campos que os restos mortais do ex-presidente estejam aqui em sua terra.
“A ideia é que nossos estudantes tenham conhecimento da importância desse campista na história da nossa cidade. Faremos tudo que for possível pra resgatar todo esse contexto pra nós”, informou Cláudio.
Sylvia Paes acredita que os restos mortais do ex-presidente poderiam ficar no cemitério do Caju ou no Palácio da Cultura onde já estão os restos mortais de algumas figuras de destaque na história local como José do Patrocínio.
Terceira Via
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