A convenção do Partido Republicano para a escolha de seu candidato nas eleições de novembro nos Estados Unidos não marcou apenas a polêmica escolha de Donald Trump mas também uma mudança radical na cobertura jornalística do evento. Pela primeira vez na história da política norte-americana as redes sociais, em especial Facebook e Twitter ocuparam um lugar nobre no espaço dedicada à imprensa, tradicionalmente dominado pelas redes de televisão.
Facebook e Twitter montaram sofisticadas áreas para a realização de entrevistas e ofereceram serviços que permitiam aos jornalistas identificar, em tempo real, as principais tendências reveladas pelos usuários das redes sociais. O protagonismo das redes chegou ao ponto vários correspondentes estrangeiros transmitirem seus informes diretamente dos estúdios do Facebook Live, um sistema que funciona como uma emissora de televisão via internet. Twitter montou o que foi batizado de “Salão Azul” para a realização de debates e entrevistas transmitidos ao vivo pelo sistema Periscope.
As redes sociais estão redefinindo como os eventos políticos são cobertos pela imprensa ao criar um modelo onde os jornalistas deixam de ser os protagonistas principais para dividirem as atenções com as reações do público manifestadas por meio de comentários, curtidas, micro-mensagens e vídeos amadores. O mesmo esquema está sendo montado para a convenção do partido Democrata, entre os dias 25 e 28 de julho, na Filadélfia.
Observatório da Imprensa
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