Rosinha paga o aluguel da sede do Ministério do Trabalho em Campos

Infelizmente o tema de hoje continua sendo os gastos da Prefeita Rosinha Garotinho, inclusive com aluguéis.

Vários foram os artigos em que apresentamos aos leitores as incoerências da prefeita ao pregar contenção de gastos da máquina pública e atuar ao contrário.

O aluguel que iremos discutir hoje ‘salta aos olhos’ por dois motivos: possível tempo de duração e o fim a que foi destinado.

Enquanto o município de Campos está passando por um ‘terremoto’ administrativo, com demissões em massa e com as estruturas de trabalho precárias, Rosinha paga por mês a quantia de R$ 4.894,55 (quatro mil, oitocentos e noventa e quatro reais e cinqüenta e cinco centavos) de aluguel de um imóvel na Rua Acyr Bastos nº 17, bairro centro, na cidade de Campos dos Goytacazes.

Quem lê nossa Coluna deve pensar tratar-se de mais um aluguel dentre outros já relatados aqui, como os da Secretaria de Obras e o das salas e garagem, situadas na capital do Estado, certo? Errado!

O aluguel em comento revela a “cordialidade” da Prefeita Rosinha com o Ministério do Trabalho. Isso mesmo. Rosinha celebrou o contrato locatício de nº 20150040002917, pagando por mês a quantia de R$ 4.894,55, conforme ordem bancária exemplificativa de nº 2015OB00964, referente ao aluguel da sede do Ministério do Trabalho em nossa cidade pelo prazo de quinze anos.

Por questão de zelo não podemos deixar de informar que o contrato permite que a cessionária utilize o imóvel por um prazo de quinze anos, contados da assinatura do respectivo termo.

Caro leitor, mesmo diante da possibilidade - que reputo remota - de esse contrato terminar antes de quinze anos e se fizermos um cálculo básico, podemos constatar que Rosinha - que prega o enxugamento da máquina- gasta, por ano, a quantia de R$ 97. 891.00 (noventa e sete mil, oitocentos e noventa e um reais) para um Órgão Público. Isso sem contarmos os reajustes anuais que os aluguéis sofrem.

Não restam dúvidas de que uma instalação com razoável estrutura física para a sede do Ministério do Trabalho é de extrema relevância para os que trabalham no setor.

Porém, analisando a situação pela ótica do dinheiro público, não podemos deixar de indagar aos representantes do referido Órgão se há imperiosa necessidade do Poder Executivo “bancar” esse grandioso gasto.

O Ministério do Trabalho não possui verba própria para arcar com essas despesas? E mesmo se possuir, o que o Poder Executivo municipal tem a ver com essa questão?

Não se trata de questionar a função do Ministério do Trabalho, mas ‘aos olhos’ da população e dentro do objetivo central, que são os gastos públicos, entendo que Rosinha está liberando desnecessariamente uma verba que certamente garantiria o direito de centenas de trabalhadores campistas.

Cláudio Andrade.