Interditados no dia 17 de outubro, por suspeita de serem usados por uma rede de prostituição infantil, quatro motéis e dois hotéis de Campos continuam fechados. Nestes locais, somente os porteiros trabalham. Existe a denúncia de que o número de funcionários demitidos é grande. O Sindicato dos Trabalhadores do Comércio Hoteleiro e Similares de Campos informou que os estabelecimentos - os hotéis Verona e Diferente, e os motéis King’s, Capri, Stop e Ibiza - deram férias coletivas.
O atendente do sindicato, Rogério Azeredo informou que os trabalhadores dos hotéis que foram interditados não são associados. Ele explicou que a demissão de qualquer funcionário com menos de um ano de serviço, não precisa ser homologada no sindicato. “Quando não há a homologação no sindicato, a rescisão acontece entre patrão e empregado. Sabemos que os motéis deram férias coletivas”.
Nos portões dos estabelecimentos foi afixada uma cópia da decisão judicial. Segundo o documento, há indícios de que nesses locais ocorriam relações sexuais e ofertas de novos encontros envolvendo adolescentes. A suposta quadrilha agia com violência.
Na visão do juiz de Direito Leonardo Cajueiro d’Azevedo, foi necessário inviabilizar a obtenção de vantagens econômicas da prostituição infantil. “Ressalto que a presente medida poderá ser revisada e eventualmente revogada nos termos do artigo 282, parágrafo 5º, do Código de Processo Penal”, disse no documento.
No dia 21 de outubro, a boate Play Man, localizada à margem da BR-101, em Travessão, também foi interditada. Até o momento, o local continua fechado.
O caso das “Meninas de Guarus” se tornou conhecido por meio de uma série de reportagens veiculadas pela imprensa de Campos que denunciavam uma rede de pedofilia e prostituição na cidade. Meninas eram exploradas sexualmente, obrigadas a usar drogas e duas delas acabaram mortas por participarem de orgias com adultos, entre eles, empresários e políticos influentes. O inquérito foi instaurado em 2009.
Terceira Via.
Nenhum comentário:
Postar um comentário