domingo, 28 de maio de 2017

Rafael precisa de Oposição



O prefeito Rafael Diniz precisa de uma oposição capaz de fazer com que a situação tenha gosto para debater, reconhecer e até perder nas discussões de ideias.

A minha colocação não se refere aos vereadores que, em tese, não coadunam com a gestão do atual detentor da cadeira máxima do executivo municipal.

Refiro-me aqueles estratos sociais, que cheios de boas intenções e contrários à atual administração, estão sufocados sem o franquear da palavra, pois parcela considerável da população, de forma equivocada, acha que o antagônico a Rafael e seu grupo é o fundamentalismo destruidor, ofertado por anos pela ex-governadora do Estado do Rio de Janeiro.

Há tantos homens e mulheres bem intencionados e que desejam rebater com classe e de forma propositiva o que está sendo feito até agora pelo novo grupo político. Todavia, devido ao ciclo vicioso da mídia – só quer saber do governo passado e seus comparativos com o atual- não possuem espaço para serem inseridos no contexto político.

O Prefeito Rafael Diniz não tem oposição e isso é preocupante, pois na qualidade de integrante da situação e do bloco que apoia o prefeito, ou treinamos sozinhos para não termos atrofias musculares ou seremos homens públicos opacos, sem ‘tesão’ para nos dirigirmos ao plenário.

Onde estão os formadores de opinião, os escritores, os artistas, os servidores, dentre outros que, nesse momento, assistem acomodados, à guerrinha ‘besta’, estimulada por considerável parcela da mídia e dos blogs, quando a situação clama por embates inteligentes e construtivos?

A oposição não é o fundamentalismo messiânico que deixou o executivo pela porta dos fundos com uma coça eleitoral de mais de cento e cinquenta mil votos. Seus resíduos não estão credenciados para ser oposição e sim, cálculos renais a serem expelidos.

A situação em Campos deseja disputar com a oposição o futuro de Campos dos Goytacazes e não ficar exposta assistindo o andamento de searas criminais e eleitorais que não nos interessa.

Um governo sem oposição é um governo sem graça política. Na qualidade de vereador e integrante da base de apoio do governo de Rafael Diniz estou decepcionado, pois é inadmissível deixar crescer em nosso município a lenda urbana de que o contraponto a Rafael é o grupo de Rosinha. Isso é um ato de loucura sem precedentes.

Os secretários municipais escolhidos estão apresentando suas análises das respectivas pastas sem medo de serem expostos e isso nunca aconteceu em nosso município.

Para que a gestão de Rafael Diniz continue marchando na ‘areia movediça’ e possa atravessar o vale da morte deixado por Rosinha é preciso um posicionamento claro dos parlamentares que o apoiam.

A sociedade precisa entender que pode ser instrumento transformador, desde que esqueça o passado maléfico deixado por ela (que queria renovar a esperança), e que um dia chegou a ser uma chefe de estado.

Cláudio Andrade

Um comentário:

LeUmAs disse...

Ola Claudio, bom dia.
Li sua matéria.
"Rafael precisa de Oposição"
Achei interessante, até certo ponto.
farei algumas colocações e perguntas com o coração em desarmonia.
Me pergunto sua posição, que é posição, não é a das mais confortáveis?
Como membro do legislativo, não caberia a você ser a oposição justa?
Não falo apenas do opositor, pelo mero fato da oposição, mas sim pela peleia de ver os fatos e ir de encontro a eles.
Não será mais salutar e até prudente ser o representante do legislativo, o fiscal do executivo, sem o rotulo de posição?
Me desculpe a colocação a seguir...
Mas, estes jogos dos interesses políticos, só servem a um proposito, o pessoal.
Me sobressaltam a mente diversas duvidas que advêm de muitos lugares, dentre eles a retorica que "todo politico é ladrão".
Gostaria de ver tantas coisas boas neste município, mas minha mente não consegue ver alem das trevas que se embrenharam a casa que deveria primar pela vigilância dos interseres do cidadão campista.
Trevas estas que estão, não só no ontem, mas no hoje. Com os que ai estão legislatura.
Não vejo perspectivas de mudança onde não se alteram o básico.
A câmara gasta valores nababescos e suntuosos, quando muitos não tem onde repousar.
Como mitigar algo fora, se dentro de casa sou o vilão?
Como fiscalizar o executivo se eu legislativo sou tão ou mais ignorante que aquele a quem pretendo vigiar?
Desculpe, não há interesses meu em ofende-lo, de forma alguma, só pensei que lendo o seu texto, poderia eu de alguma forma ajuda-lo.
Mas uma vez desculpe minha pretensão.
Samuel Rocha
22-98124-7476