Sempre fui um observador das movimentações políticas e, agora, na qualidade de vereador em Campos dos Goytacazes, tenho a oportunidade de conhecer por dentro, as nuances de uma gestão pública.
Dentro dessa oportunidade, a mim concedida por dois mil duzentos e dezessete eleitores, observo, que há três linhas que se portam diante do jovem prefeito de Campos, o advogado Rafael Diniz.
A primeira linha é pífia e representada pelo rescaldo do governo passado. Formada por alguns ex-vereadores e de poucos seguidores, que como os japoneses que residiam no Brasil, não aceitavam que o Japão havia perdido a guerra mesmo após a rendição.
A segunda linha que se porta diante do chefe do executivo municipal é composta por cidadãos campistas que diante de um passado de descaso em relação as suas demandas, estão marcando em cima do novo alcaide, querendo dele, em curto espaço de tempo, tudo que há de direito e foi renegado pelas gestões passadas.
Trata-se de cobradores de legado nefasto que possuem todo o direito de cobrar e, nesse grupo, se encontram RPAs que trabalharam até dezembro, aprovados em concurso público que ainda não foram chamados, categorias profissionais que desejam equiparação, dentre tantas outras pessoas.
Na terceira e última linha é possível constatar um misto de requerentes e de apoiadores. Porém, ao estar incluído em alguns grupos de informação, via watsapp percebo que ser ‘apoiador’ de Rafael está sendo confundido com crítico do mesmo.
É para cobrar? Claro que é, mas como? De que maneira? De que forma? Desgastando o governo e dando sobrevida aos japoneses da Lapa?
Entendo que há necessidade de mudanças extremas, mas acredito que muitas ainda não virão, pela total incapacidade administrativa de se realizar.
Alguns podem dizer (olha eu antecipando perguntas) que o problema é dele. Afinal, não quis ser prefeito? Correto, mas qual tipo de gestor estamos esperando? Um ser midiático que quando espirra deseja que a cidade toda esteja gripada ou um administrador que antes de brindar suas ações precisa ter a certeza de que elas não serão impugnadas pela Justiça ou desaprovadas pela sociedade?
Então, nobre Cláudio, você está pedindo paciência para nós? Não, estou pedindo que se busquem os motivos pelos quais os nossos desejos ainda não foram atendidos. Para que serve isso: para que a espuma dos cem dias não se transforme em tempestade.
A espuma que gradativamente se esvai deve ser trocada por uma onda que cresça de forma gradativa, dando aos navegantes a certeza de que a viagem será longa, mas sem risco de naufrágio.
Não podemos nos esquecer de que a última ‘barca’ dirigida pela ex-governadora estava rachada há anos e foi através de uma mídia muito bem paga que a água que entrava pelo casco foi escondida.
Vamos cobrar de Rafael Diniz? Sim, muito. Mas o conteúdo das cobranças deve ser cirúrgico sob pena de apenas incentivarmos aqueles que sempre estiveram na folha salarial da prefeitura apenas para formar a muralha de mentiras que tanto mal já fez à nossa cidade.
Cláudio Andrade.
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