quarta-feira, 9 de março de 2016

Oposição de Campos: a união ainda NÃO fez a força



O ex-vereador e ex-prefeito interino de Campos dos Goytacazes Nelson Nahim foi feliz ao afirmar que a máquina administrativa, por mais desgastados que os seus gestores estejam, larga na eleição com vantagem.

Acredito que o grupo liderado pela prefeita Rosinha tenha, seguramente, 80 mil votos e isso não é pouca coisa, partindo do princípio de que se trata de um dos piores governos da história recente de nossa planície.

Por outro lado, o maior desafio desse governo - que teve a prefeita declarando estado de emergência econômica por não conseguir administrar o dinheiro público - é tirar de Arnaldo Vianna, o seu quantitativo de votos que, mesmo diante de suas pendências de ordem judicial eleitoral, ainda é o nome mais forte da Oposição segundo dados de pesquisa interna, quando o filho Caio não figura no disco. Quando o filho de Arnaldo esta presente, sem a presença do pai, a preferência popular muda completamente.

Os novos nomes que estão entrando no cenário precisam ser vistos e analisados com responsabilidade. Os novos, na essência da palavra, optaram por se apresentar como pré-candidatos em um momento delicado em que a administração pública de nossa cidade vai precisar de um choque de gestão como nunca antes foi registrado.

Os postulantes mais experientes terão que, o mais rápido possível, preparar seus esboços de programa de governo para que a sociedade tenha a noção real de que estaremos com possíveis governos de mudança ou apenas estruturas remendadas.

O grande dilema na Oposição não é saber o melhor candidato. A questão é que a vaidade faz com que a maioria deles queira o poder, mas não aceite negociar.

Um grupo oposicionista que deseja união de verdade precisa escolher, de forma conjunta, dois ou três candidatos que se comprometam em levar a Oposição ao Executivo, mas que respeitem os acordos de gestão pactuados de forma prévia.

Um dos grandes erros de parte considerável da Oposição é desconfiar de seus próprios companheiros de jornada. Estar junto, nesse sentido, não é apenas tirar fotos, um do lado do outro.

É preciso um pacto de mudança no qual, em reuniões prévias, um pouco de cada um seja aproveitado para que em um futuro governo, todos tenham a sua cota de participação, seja de forma física, na qualidade de secretários ou no reconhecimento pelos projetos implantados.

Precisamos entender que - por mais que estejamos diante de um dos governos mais desgastados - é a Situação que sairá na frente, pois quem detém a máquina consegue realizar milagres inimagináveis.

Não basta ser de Oposição. Há necessidade de ir ao povo e ensiná-lo a árdua matéria da dignidade. Grande parcela de nossa sociedade, principalmente os menos abastados, foi contaminada com a ideia de que tudo se resolve com apenas R$ 1 e isso não é verdade.

O povo precisa de mais. Necessita de saúde e educação de qualidade e os candidatos de Oposição que não optarem pelo binômio ‘barriga cheia/CTPS assinada’ vão passar em branco e serão consideradas caricaturas andantes e ineficientes.

Cláudio Andrade.

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