quinta-feira, 3 de março de 2016

Delcídio do Amaral diz não reconhecer documentos sobre delação premiada


O senador Delcídio do Amaral (PT-MS) disse, por meio de nota, que não reconhece a autenticidade de documentos divulgados pela revista "IstoÉ".

Os documentos são, segundo a reportagem, trechos da delação premiada de Amaral à Operação Lava Jato, que teria citado a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

De acordo com a reportagem, a presidente tentou ajudar presos na operação, e o ex-presidente mandou subornar o ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, em troca de seu silêncio.

"Nem o senador Delcídio, nem sua defesa confirmam o conteúdo da reportagem da Istoé. Não conhecemos a origem, tão pouco reconhecemos a autenticidade dos documentos que vão acostados ao texto", diz a nota.

Ainda segundo a nota, a defesa do senador diz que não foi procurada pela revista para que se manifestasse a respeito da "fidedignidade dos fatos relatados".

Delcídio, no entanto, não nega categoricamente a existência do acordo. Ele também não pode afirmar que a delação foi feita porque isso poderia cancelá-la, uma vez que ainda foi homologada.

De acordo com os documentos publicados pela revista, o senador também diz que Dilma Rousseff usou sua influência para evitar a punição de empreiteiros, ao nomear o ministro Marcelo Navarro para o STJ (Superior Tribunal de Justiça). O ministro Teori Zavascki, do STF (Supremo Tribunal Federal), decidirá se homologa ou não a delação.

A principal preocupação do Planalto vai ser explicar as citações a Dilma, não a Lula. Auxiliares da presidente dizem que é o petista quem deve cuidar de sua defesa, não o governo.

Folha de SP

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