Rosinha e a sua conexão com Deus

A oração é algo essencial e sem ela, não restam dúvidas, de que a nossa vida não é a mesma.

O trabalho espiritual traduzido em nossas orações faz com que possamos nos fortalecer e crer que Deus está no comando de tudo e fazendo com que as coisas aconteçam seguindo a sua vontade. Lembrem-se: o nosso tempo não é o mesmo de Deus.

Na semana passada a Prefeita de Campos Rosinha Garotinho noticiou em sua rede social os momentos que antecederam a notícia recebida por ela de que o TJ/RJ havia reconhecido o efeito suspensivo da decisão de primeira instância que invalidou seu decreto e a impediu de atuar dentro da Santa Casa.

Seguem as palavras da ex-governadora: “Enquanto eu orava com a célula na prefeitura o Tribunal de Justiça lançava a decisão validando meu decreto sobre a Santa Casa. O Garotinho e o procurador Dr. Matheus chegaram à sala e ficaram esperando o fim da oração, então me deram a notícia. Derramei lágrimas ao Senhor e pedi uma nova oração para agradecermos a Deus. O Pastor Max sugeriu que ficássemos todos de joelhos e assim foi feito. A pastora Elienai orou e lembrou que Deus responde nossas orações.”, revelou Rosinha.

Não restam dúvidas que as palavras de Rosinha emocionam até este que ora subscreve, mesmo sendo eu um incrédulo, no que diz respeito aos atos públicos praticados pela prefeita que também gosta de cantar e fazer costura.

Porém, eu não seria rude a ponto de não concordar que hoje, diante de um município em frangalhos que optar pela oração foi sem dúvida a melhor ação praticada por Rosinha nos últimos anos de sua gestão.

A questão é que uma oração não pode ser seletiva e pelo que parece Rosinha não está orando por todos. Caso estivesse, - sabedor do poder de uma oração-, não estaríamos com tantas pessoas sofrendo pelos corredores dos hospitais Ferreira Machado e HGG.

O ato de ficar de joelhos relatado pela Prefeita Rosinha é digno de aplausos, pois significa que ela reconhece ser uma mortal e que, como qualquer outra pessoa, irá pagar pelos seus pegados.

Jesus já disse que jogue a primeira pedra que não tiver pegados. Não ouso debater os possíveis pecados privados de nossa prefeita, até porque, não sei se eles existem de fato.

Porém, os pecados públicos são diversos e há necessidade de uma verdadeira força tarefa de orações para que o quadro possa mudar, afinal, Jesus disse: “faça que eu te ajudarei”.

Rosinha precisa equilibrar as orações com ações. Trazer para a prática o que ela tanto prega quando se ajoelha e entra em sintonia com o divino.

Uma prefeita cristã é algo digno de aplausos, mas aqui, no plano terreno, as pessoas sentem dor, precisam de medicamentos, de cirurgias, de transporte público, de índices escolares decentes e de dignidade. Isso Deus e o seu filho unigênito desejam, mas aqueles destinados a representar o povo, precisam ser responsáveis e trabalharem de forma real pelo povo.

Peço a ti Rosinha, que continue de joelhos e derramando em lágrimas, pois o povo campista está sem esperança. Converse em oração com Deus, peça perdão pelos seus equívocos administrativos, que tanto mal fez ao povo campista e tente renascer como uma gestora sem amarras.

Lembre-se, nobre prefeita, que a oração é um ato religioso, no qual o homem procura manter uma ligação com seres divinos através da súplica, da ação de graças, do louvor, da adoração, entre outros propósitos.

No plano terreno a senhora precisa manter a sua ligação com nós, simples mortais, que todos os dias damos o suor de nosso corpo para que a senhora arrecade milhões de reais sem esforço algum.

Então ficamos combinados assim: eu oro por você e você ora por mim.

Cláudio Andrade