quarta-feira, 6 de maio de 2015

STF autoriza buscas de documentos na Câmara dos Deputados


O Supremo Tribunal Federal autorizou a realização de buscas sigilosas na Câmara dos Deputados. A diligência foi feita por um oficial de Justiça, acompanhado por um procurador da República. Eles tentaram encontrar documentos que pudessem comprovar suspeitas contra o presidente da Casa, deputado Eduardo Cunha, do PMDB, investigado na operação Lava Jato.

A autorização para a diligência partiu do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal.

De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, a diligência pedida pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, foi baseada na informação de que havia um documento no gabinete de Cunha que comprovaria a participação do deputado em dois requerimentos.

O procurador quer apurar se os requerimentos foram usados para pressionar empresas envolvidas no esquema de corrupção a pagar propina. O jornal O Globo afirma que na diligência foram copiados todos os registros do sistema de informática sobre autoria de projetos e requerimentos.

A coleta de dados começou na noite de segunda-feira (4) e terminou no dia seguinte. Foi uma visita sigilosa. Fontes que autorizaram a entrada dos investigadores na Câmara garantem que nada foi recolhido no gabinete da presidência. A coleta foi no setor de informática. O presidente da Câmara não comentou o assunto.

Cunha é um dos 52 políticos investigados na Operação Lava Jato. A CPI que apura a corrupção na Petrobras ouviu, na terça-feira (5), o ex-diretor de abastecimento, Paulo Roberto Costa. Ele culpou os políticos pelos desvios de dinheiro: "Nada disso teria acontecido se não fossem alguns maus políticos que levaram a Petrobras a fazer o que fez”

Jornal Hoje.

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