quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Rosinha e o barril


A prefeita Rosinha justifica todos os dias, que as demissões em massa, que estão ocorrendo com a sua autorização, dentro da administração pública se devem à queda no valor do barril de petróleo.

Importante dizer que nenhum ente federativo pode ser mantido a vida inteira somente dos repasses de verbas finitas.

A prefeita Rosinha precisa nos informar os motivos pelos quais ela e os gestores que a antecederam não buscaram alternativas, dentro das receitas próprias do município, para que não chegássemos a esse drama administrativo que estamos passando.

Considerado pela maioria um dinheiro "extra", compensação financeira sem muito esforço, os royalties do petróleo, por exemplo, são traduzidos em milhões de reais aos cofres públicos da prefeitura. Difícil é saber o que é feito com o dinheiro arrecadado com o "ouro negro".

A verdade que a prefeita oculta é que os royalties, mantendo nosso exemplo, são colocados como um "extra" que virou imprescindível às contas da prefeitura.

No cálculo receita menos despesas, fico abismado com o fato de que Campos dos Goytacazes, uma das maiores beneficiárias por royalties, presta um serviço mais precário que outras cidades que têm a mesma demanda de serviços com uma receita menor, sem faturamento de royalties.

As carências em nosso município estão em todas as áreas, principalmente nas mais fundamentais, como saúde, educação e transporte. Faltam materiais básicos nos postos de saúde, estruturas deficitárias em várias escolas e as demissões em massa que estão acontecendo, amparadas em decreto, fazem com que a prestação de serviços decaia.

Para piorar a situação, a prefeita aumentou o IPTU e a iluminação pública e até o presente momento, as entidades de classe que reagiram ao aumento, não obtiveram uma resposta plausível para essa manobra que ocorreu no apagar das luzes e com a chancela dos ‘secretários de luxo’, os vereadores da situação.

Verdade é que tanto Rosinha quanto os prefeitos anteriores não se preocuparam com investimentos em longo prazo. O cidadão campista trabalha quatro meses e meio para pagar tributos e os serviços que deveriam ser dados em contrapartida são péssimos.

A prefeita Rosinha e seus antecessores ‘deitaram em berço esplêndido’ e usaram os repasses finitos, os royalties, por exemplo, como travesseiro. Dormiram e acordaram, por décadas, relaxados com as verbas que chegavam de forma abundante engordando nossos cofres.

Agora, diante da iminente seca das tetas dos repasses, a situação é de crise. Aliado a isso, não podemos deixar de ressaltar que o município de Campos tem grande parte de sua população laborativa vinculada direta ou indiretamente à prefeitura e isso é perigoso.

Quando o ente federativo adoece, como é o caso de Campos dos Goytacazes, são seus braços de labor que sofrem e isso poderia ter sido evitado, principalmente com o incentivo de abertura de postos privados de empregos.

Colocar a culpa no barril é muito simplório. Há necessidade de reconhecer os erros, a acomodação de anos e a crença de que a crise nunca viria.

Cláudio Andrade

Um comentário:

Anônimo disse...

Perguntar não ofende. Barril é o novo apelido do Garotinho?
Falando nele, ele pode assumir algum cargo na prefeitura sendo a esposa prefeita? Isso não é nepotismo?