domingo, 10 de junho de 2018

Diga NÃO aos forasteiros eleitorais



Por Cláudio Andrade

As eleições gerais estão chegando e os campistas se preparando, meio que a contra-gosto, para ir às urnas escolher seus representantes.

Uns dizem que não irão votar, outros querem seguir o mantra desanimador de pregar o voto nulo e alguns ainda crêem que é votando que podemos mudar, mesmo que a qualidade do produto apresentado seja ruim.

Em nosso município, de aproximadamente quinhentas mil pessoas e quase trezentos e cinquenta mil eleitores, já começamos a sofrer a invasão dos candidatos de fora.

Postulantes a cargos eletivos que chegam a nossa cidade para simplesmente levar daqui, votos preciosos que deveriam cair nas contas dos postulantes de nossa região, no caso em questão, de Campos dos Goytacazes.

Ao lerem esse artigo, muitos dirão que não há como votar nos candidatos e nos que buscam a reeleição pois, os mesmos, pouco ou nada fizeram pela nossa cidade.

Não restam dúvidas que essa justificativa é plausível e possui um fundo de verdade. Por outro lado, ajudar a eleger um candidato a deputado, por exemplo que possui base eleitoral em Duque de Caxias é acreditar em contos de fada. Afinal, qual a chance desse político ajudar o Farol de São Tomé ou trazer uma emenda parlamentar para o município, por exemplo?

O momento político é devastador. As administrações públicas estaduais e municipais andam a passos lentos e isso é um chamarisco para os forasteiros que, ao meu ver, deveriam ser ignorados.

Quando César Maia ocupava a cadeira máxima do executivo do município do Rio de Janeiro, nós, campistas da terra de Nilo Peçanha -ex-presidente do Brasil- éramos chamados por ele, o prefeito factóide e seu grupo político, de índios e que a cada derrota eleitoral na capital deveríamos recolher os cocares e voltar para Campos, a terra do índio Goytacá.

Deixando de lado oposição e situação, o campista deveria votar nos candidatos da terra e desprezar os rótulos prontos que a cada pleito eleitoral é empurrado goela abaixo, principalmente das camadas menos favorecidas, que sofrem verdadeiras lavagens cerebrais e trabalham para elegerem quem eles nunca mais verão na face da terra.

Não quero dizer que temos hoje uma nata de postulantes, mas como um time de futebol sem banco de reserva, temos que entrar em campos com o plantel que possuímos e tentar fazer deles a nossa seleção.

Esse texto não é bairrista, mas visa possibilitar ao eleitor campista o direito de cobrar, quando os eleitos de nossa terra, não estejam cumprindo com o seu papel. Afinal, cobrar dos daqui já é tarefa árdua, quiçá daqueles que  sequer sabem ver no mapa onde fica Campos dos Goytacazes.

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