domingo, 30 de julho de 2017

Colaborar ou bajular Rafael Diniz?



“Eu segurei muitas coisas em minhas mãos, e eu perdi tudo; mas tudo que eu coloquei nas mãos de Deus eu ainda possuo”. Trata-se de uma frase do pastor Martin Luther King, que cabe bem ao meu coração nesse momento.

Não me chame para dizer que o vestido é vermelho só para agradar quem está vestido de amarelo.

Como vereador tenho observado que, na política, ou você omite o que vê e sente ou pode ser confundido com algum ser extraterrestre.

Nenhuma pessoa madura que escolhe ter um cargo público pode acreditar que, durante todo o mandato, irá surfar sozinha em uma onda maravilhosa rumo à areia e ser recebido por uma plateia sempre harmoniosa.

Não há vida fácil quando você se torna um homem público. Isso é importante termos ciência, pois, por muitas vezes, estaremos imersos em debates acalorados que mexem em vespeiros e com interesses inimagináveis, mas que precisam vir à tona para que mais na frente possamos ter o prazer da recompensa.

Nenhuma turbulência deve retirar do político reto a sua linha de conduta. Diante dos problemas do município e das mazelas administrativas, tentar ajudar a resolvê-las é uma obrigação.

Todavia, nem todos acham isso. Muitos preferem o anonimato. A arrumação, ao afago. A mentira e, lógico, o conforto de quatro paredes a ter que enfrentar as ruas.

Platão já dizia que não há nada de errado com aqueles que não gostam de política, simplesmente serão governados por aqueles que gostam.

Tenho observado que a crise estrutural administrativa que também engoliu nossa cidade está causando um estado de letargia que foge aos parâmetros normais.

Enquanto vereador, tenho a obrigação de fiscalizar e, por isso, que estamos visitando, semanalmente, setores da administração pública em nosso município, para entendermos melhor o que está ocorrendo.

Resolvi fazer isso sem apoio, pois entendo que cada agente público, seja do executivo ou do legislativo, precisa tomar as suas próprias linhas de atuação. Aquele que deseja ficar em silêncio deve ser respeitado da mesma forma que outros que preferem o confronto e a exposição de ideias e problemas. Inclusive nas redes sociais.

Nesse momento, que ora escrevo aos senhores, estou tomando uma decisão em optar pelo trabalho de vereador fiscalizador solo. Isso quer dizer, que terei a minha linha de ação individual, mesmo sendo parte da base do Prefeito Rafael Diniz.

Antes que muitos se antecipem e achem que se trata de um rompimento, digo que continuo apoiando o governo, mas não vou esperar as ações governamentais para agir.

Entendo que a situação deixada é caótica e que o Prefeito Rafael Diniz possui uma árdua missão. Por outro lado, isso não me obriga a ficar inerte e acompanhar o governo apenas quando as trombetas tocarem no Cesec.

A minha contribuição precisa ser mais eficaz e contundente. Não posso esperar os remédios chegarem ao HFM, HGG ou Hospital São José sem me manifestar.

Não é correto eu não cobrar os uniformes escolares que ainda não estão nas escolas públicas. Há temas que fogem ao ‘aguardar’ e a expressão ‘cobertor curto’ largamente usada por aqueles que se encontram cheios de vontade de ajudar, mas não sabem como.

Na qualidade de presidente da CCJ e relator da ‘CPI das Rosas’ continuarei exercendo as atividades com imparcialidade e respeito.

Por outro lado, a minha função típica, como vereador é fiscalizar o governo e isso eu não deixarei de fazer.

Nietzsche já dizia que as pessoas que se recusam a amadurecer o modo como enxergam o mundo ao seu redor e não deixam que cresçam as “asas da sabedoria”, que a vida dá ao longo dos anos, nunca conseguirão ver a imensidão e diversidade das coisas.

E essas mesmas pessoas são aquelas que não te compreenderão e te menosprezarão quando você conseguir “levantar voo”. Elas não fazem isso por inveja (não a maioria, pelo menos), mas simplesmente porque não conseguem ver para além do horizonte limitado que construíram.

Sendo assim, auxiliar e defender o Prefeito Rafael Diniz não é bajulá-lo e sim impulsioná-lo através de ações construtivas e de fiscalização árdua, mostrando os problemas, doa a quem doer.

Cláudio Andrade

6 comentários:

Greici Moraes disse...

Parabéns Cláudio por ser imparcial e de uma integridade q a muito tempo não tenho visto nos políticos da nossa cidade.
Chorei ao ler seu relato não de tristeza mas porq em meu coração soou um suspiro de esperança de q dias melhores virão.
Obrigada por querer ajudar a melhorar nossa Campos...
Deus o abençoe e o guarde!!!!

Anônimo disse...

Meus parabéns.nao sou de grupo nenhum.mais admirava muito seu prog ama no rádio.mais este governo atual está com alguns secretários fazendo as mesmas coisas do governo passado.esta na hora de visualizar.licitacoes com cartas marcadas.vamos visualizar vc agora me representa tamos juntos.

Anônimo disse...

Meus parabéns.nao sou de grupo nenhum.mais admirava muito seu prog ama no rádio.mais este governo atual está com alguns secretários fazendo as mesmas coisas do governo passado.esta na hora de visualizar.licitacoes com cartas marcadas.vamos visualizar vc agora me representa tamos juntos.

Anônimo disse...

Prezado Cláudio Andrade,

Vai uma dica para fiscalizar.
Rafael Diniz e suas curiosas prioridades:

O governo Rafael Diniz fechou o restaurante popular “Romilton Bárbara” no dia 09 de Junho sob a alegação de que o município de Campos dos Goytacazes sofre com a herança maldita deixada pela ex-prefeita Rosinha Garotinho.

Eu sempre desconfiei que a alegação de que o motivo do fechamento do restaurante popular não era a tal herança maldita dos Garotinhos, mas uma questão de novas prioridades.

Pois bem, saiu no DO de 26/07/2017 um processo sem licitação, em que a Prefeitura de Campos dos Goytacazes resolveu contratar por 180 dias uma empresa para gerenciar o Aeroporto Bartolomeu Lyzandro pela nada módica quantia de R$ 4.566.306,74 (ou R$ 761.051,12 mensais!).

Cabe salientar que o inciso IV do artigo 24 da Lei 8.666/1993 diz que a licitação é dispensada “nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando caracterizada urgência de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, e somente para os bens necessários ao atendimento da situação emergencial ou calamitosa e para as parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou calamidade, vedada a prorrogação dos respectivos contratos”.

Prezado vereador, o que é mais urgente? Matar a fome dos mais pobres ou garantir a operação das atividades aeroportuárias que poderiam ser negociadas diretamente com a Infraero em vez de se pagar vários milhões para uma empresa particular?

A questão que aparece de forma repetida nestes quase 7 meses de governo do prefeito Rafael Diniz se refere não apenas ao uso corriqueiro da dispensa de licitações, mas também e principalmente das prioridades que aparecem nos contratos que são feitos usando este artifício.

O funcionamento do restaurante popular custava aos cofres municipais em torno de R$ 250 mil mensais. Se isto estiver correto, como se explica que há dinheiro para contratar uma empresa para fazer funcionar o aeroporto municipal a um custo que é 3 vezes maior do que seria gasto para alimentar os pobres no restaurante popular?

O mais trágico é que na campanha eleitoral o prefeito Rafael Diniz prometeu que não acabaria com os programas sociais, e os eleitores pobres dessa cidade que queriam mudança votaram nele. Agora, com o governo em andamento, fecha-se o restaurante popular e se mantém o aeroporto funcionando. Se o nome disto não for estelionato eleitoral, eu não sei do que chamar.

Saudações Cordiais.

Alline Monteiro disse...

Parabéns Vereador Claudio Andrade!! ������Homem de atitude, caráter e personalidade. É assim q se faz política, com clareza , sabedoria e honestidade . Deus te abençoe , te de força e luz para continuar nessa linha de dignidade e respeito aos eleitores, afinal somos nós eleitores que escolhemos nosso representante e você está honrando o voto de cada um , assim como eu, que confiou em vc o voto das últimas eleições.

Anônimo disse...

Vc não me surpreende com tais atitudes, eu sempre acreditei que seria assim. E digo que vc é. nossa esperança para as próximas eleições! Orgulhosa de vc. Abracos5