No ano de 2013, mais precisamente no mês de junho, foi aprovado na Câmara de Vereadores de nossa cidade - e devidamente sancionado por Rosinha - um projeto de autoria do vereador oposicionista Fred Machado.
No conteúdo do projeto estava talvez a solução para que a epidemia de dengue fosse menor em Campos dos Goytacazes.
O projeto instituía, já em 2013, ou seja, há quase três anos, o ‘estado de alerta’ contra a dengue e fazia uma série de disposições à prevenção e controle da transmissão, bem como a atenção primária à Saúde nos casos de teste reagente positivo.
Essa revelação feita pelo vereador Fred Machado é a prova cabal de que a gestão de Rosinha não teve a necessária competência para antever o que hoje parece uma situação grave de contágio que vem colocando em risco a vida de milhares de pessoas.
Naquele ano de 2013, o município já contava com 2.846 casos de dengue conforme noticiado pelo setor de análise epidemiológica da Secretaria de Saúde.
O texto, que nunca foi posto em prática pela prefeita Rosinha previa que os secretários municipais de Saúde e de Defesa Civil pudessem solicitar a atuação complementar do Estado e da União, nos termos da Lei nº. 8.080/90, visando ampliar a eficácia das medidas a serem adotadas para garantir a saúde pública e evitar o alastramento da doença a outras regiões do Estado.
O que se vê em Campos é uma vitória esmagadora do mosquito. Todos os dias, infelizmente, novos casos são diagnosticados deixando claro que as ações de proteção e de educação falharam ou começaram tarde.
Não podemos esquecer que a irresponsabilidade dos cidadãos que deixam lixos em terrenos baldios e água parada dificulta em demasia a ação governamental. Porém, a falta de visão de Rosinha, que desde 2013 já poderia ter feito um cinturão de contenção, é indesculpável.
Aliada à situação de contágio que se alastra com a dengue, ainda temos a Zika e outras doenças que além de não estarem controladas, tem seu tratamento dificultado devido ao estado de penúria de nossos hospitais públicos.
Em que pese à ação dos profissionais da área de Saúde, a falta de estrutura dificulta o atendimento. Isso faz com que os diagnósticos, internações e a aplicação de medicamentos sejam reduzidos ou não realizados.
A realidade é crítica e precisamos de ações responsáveis e sem interesses politiqueiros, afinal, a dengue e as demais enfermidades transmitidas pelos mosquitos não escolhem classe social.
Todos nós estamos sujeitos e esse contágio e precisamos de uma cidade com cidadãos saudáveis. Mesmo que estejamos diante de uma responsabilidade solidária, o governo municipal é quem detém a maior força de combate. Contudo, por enquanto, o mosquito vem vencendo essa guerra para o desespero de todos nós.
Cláudio Andrade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário