Na semana passada, em mais uma operação da Polícia Federal, dentro do contexto da “Lava Jato”, chegou-se a um tríplex no Guarujá cuja história é digna de um filme de comédia com grandes chances de conquistar o Oscar de melhor filme estrangeiro.
A operação denominada “Triplo X” investiga se os apartamentos do Condomínio Solaris, na Praia das Astúrias, foram utilizados pela OAS como moeda para pagamento de propina no esquema de corrupção da Petrobras.
O conjunto possui 112 apartamentos e, segundo a revista Época, abriga um tríplex destinado ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Deixando de lado a operação em si, impressionante é o cinismo dos políticos citados, inclusive do ex-presidente do Brasil.
Já comentei em algumas Colunas que alguns políticos têm receio em aumentar seus respectivos patrimônios sob pena de serem vistos pelos eleitores como homens públicos abastados e sem amor aos mais necessitados.
Assim, ao invés de criarem mecanismos de aumento de renda para que a desigualdade social seja reduzida, preferem manter o povo em estado de penúria e - para manterem a imagem de sacrificados - adquirem bens de forma ilícita, através de laranjas, mediante contas em empresas de fachada no exterior.
No caso do ex-torneiro mecânico ainda não há provas finais, porém é muito altruísmo de Dona Marisa, visitar empreendimentos da OAS, acompanhar reformas e instalação de elevador privativo sem interesse algum pelo imóvel.
A situação é tão hilária que, na campanha eleitoral de 2006, em sua declaração à Justiça, Lula informou possuir uma “participação” na Bancoop em um “apartamento em construção no Guarujá e disse que havia pago R$ 47.700.
Porém, enquanto Lula declarou esse valor, a empresa construtora - OAS - bancou uma reforma de aproximadamente R$ 700 mil no imóvel, que se diga de passagem, possui 297 metros quadrados, dados esses apresentados pela revista Época.
Diante disso, vai um alerta para aqueles que vão viajar no carnaval: confiram bem se a casa vai ficar trancada, pois a Odebrecht está entrando na casa dos outros, reformando, colocando elevador privativo, tudo sem o dono saber e, se bobear, sem nenhum custo para o proprietário.
Cláudio Andrade.
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