segunda-feira, 8 de julho de 2013

Teoria e prática na conduta particular de Wladimir Garotinho

Terceira Via


No último fim de semana, a mídia publicou uma foto em que o presidente municipal do Partido da República (PR), Wladimir Garotinho, aparece assistindo à final da Copa das Confederações no Maracanã. O jovem político estava na área reservada aos convidados da CBF (entidade máxima do futebol no Brasil).

Wladimir foi avaliado negativamente por tal conduta. Segundo os críticos, culmina em grande incoerência ele, como filho do deputado federal Garotinho, usufruir de cortesia da CBF quando tal entidade é criticada de forma ferrenha por seu pai.

Não comungo desse entendimento. Aproveitar a oportunidade de estar no Estádio Mário Filho, presenciando à vitória da seleção brasileira faz parte da seara pessoal e não política do filho do casal de ex-governadores do Estado do RJ.

Isso porque antes de seu pai ser ou não um crítico da CBF, Wladimir é brasileiro e, como qualquer outro cidadão, tem o direito de externar gosto pelo futebol, ainda mais se tratando da seleção brasileira em campo.

Em verdade, alguns setores da seara partidária não quiseram perder a oportunidade de pressionar o deputado federal por meio de seu filho em uma conduta normal e esperada de qualquer cidadão brasileiro possuidor de ingresso para a final de uma grande partida de futebol.

Ademais, Wladimir, como filho do deputado federal Garotinho, não tem que comungar de todas as posições de seu pai, mormente quanto a assuntos meramente pessoais.

Já se levantou a hipótese de o jovem político não considerar qualquer desconforto estar na área reservada aos convidados da CBF em que pese essa entidade ser alvo de crítica de seu pai?

Até o momento, não tive acesso a qualquer declaração de Wladimir que me convença de que essa sua conduta na vida privada tenha ido de encontro com sua postura política.

Já que até hoje Wladimir não se posicionou contrariamente aos atos administrativos da Confederação Brasileira de Futebol, por que não incluir, em seu lazer, a final da Copa das Confederações em área da CBF?

Nota-se que sua conduta não demonstrou incoerência e sim, independência de postura em sua vida pessoal e política, o que não quis ser evidenciado pelos setores políticos contrários a fim de que isso não contasse a favor do filho do deputado federal Garotinho.

Como bem disse Anthony Garotinho em carta enviada ao Jornal O Globo: “... Wladimir Matheus, que é maior de idade e deve responder por seus atos. Este, inclusive, condenável por mim, diante de minha postura crítica sobre a CBF”.

Na vida pública, é importante o casamento do discurso proferido e da prática adotada para que um homem público não receba a pecha de demagogo. Garotinho continua sendo coerente em sua postura em relação à CBF uma vez que não se valeu de qualquer cortesia daquela entidade.

Seu filho também está em coerência já que não apresentou até hoje objeção aos atos da CBF, permanecendo fiel aos seus conceitos éticos e morais.

O único ponto que deve ser esclarecido por Wladimir é quando trecho de matéria publicada pelo Jornal O Globo afirma que ele argumentou não ser sabedor de que o ingresso era cortesia da CBF. Ora, que não seja subestimada nossa inteligência tampouco nosso senso do absurdo.

Não acredito que Wladimir tenha se pronunciado nesse sentido. Caso contrário, seria uma verdadeira bola fora para o presidente municipal do PR.

Cláudio Andrade

3 comentários:

Anônimo disse...

Dr. Cláudio, todo mundo comenta nos corredores do fórum que o Sr. é gay...
Isso é verdade mesmo?

Cláudio Andrade disse...

Caro parceiro.

Acredito que há uns dois anos você tenta emplacar esse comentário. Hoje, com muita pena de sua devoção resolvi te dar uma moral.
Confesso que ainda NÃO resolvi a minha sexualidade. Já tive duas reuniões com o pastor Marcus Feliciano e estamos pensamento numa forma mais grandiosa para chegarmos a uma conclusão. Avisa ao pessoal do Forum que em breve estarei comunicando.

Bjs...

Anônimo disse...

Dr. Claudio, dando papo para maluco? não perca seu tempo.