As eleições estão cada vez mais próximas e pelo que se depreende das últimas pesquisas eleitorais, a disputa para a Chefia do Executivo Estadual será entre Pezão, atual líder nas pesquisas, e seu ex-aliado, o deputado federal e ex-governador Garotinho.
Essas eleições exercerão forte influência no pleito de 2016, no município de Campos dos Goytacazes. Será o ano eleitoral em que os ‘Garotinhos’ não poderão lançar um nome da própria família para a disputa do cargo de prefeito.
Sabe-se que a Constituição Federal veda a candidatura de parentes do chefe do Executivo até terceiro grau, dentro da circunscrição do titular. Logo, Rosinha - na qualidade de prefeita - não poderá se valer dos laços sanguíneos para manter seu grupo no poder.
Devido a isso, a escassez de nomes já é nítida já que não basta querer ser o postulante do grupo. Necessário se faz ser do agrado de Garotinho e estar preparado para representá-lo na prefeitura sob pena de ser ‘detonado’ nos meios de comunicação e perseguido até o fim do mandato.
Lembrem-se: o Garotinho na Oposição é bem melhor do que na Situação.
Todavia, o que ora escrevo sobre o pleito de 2016 passa pelo de 2014. Caso Garotinho vá ao segundo turno e consiga destruir a sua rejeição estratosférica e se torne governador novamente, a eleição municipal para o Executivo será, novamente, salvo um cataclismo, da Família da Lapa.
Porém, se Pezão for contemplado como o novo governador do Estado do Rio de Janeiro, a Prefeitura de Campos passará a ser a última trincheira do atual deputado federal do PR.
Sem mandato e agarrado ao cargo de sua esposa, por meio do qual exerce a função de prefeito de fato, Garotinho terá que escolher seu novo súdito. Um político que seja fácil de empurrar ‘goela’ abaixo dos integrantes da cúpula e de uma fatia considerável do eleitorado.
Atualmente, não há personalidades políticas dentro do grupo que sejam consideradas fortes. Por outro lado, não restam dúvidas de que o escolhido será o candidato da máquina e isso já é um fato agregador relevante.
Uma derrota de Garotinho o fará perder um pouco de fôlego e de território. Salvo Rosinha, sua esposa, não há a certeza de que os prefeitos dos municípios que hoje estão ao seu lado, estarão após uma eventual derrota.
Nesse caso, a tendência é apoiar os candidatos do governador eleito ou optar por um alinhamento.
Assim, poderemos ter em Campos uma disputa entre o candidato de Rosinha/Garotinho e o de Pezão, caso seja ele, o atual governador, reeleito.
Sob esse prisma, a eleição para o Governo do Estado é crucial para Garotinho. Perder nas urnas significa ter que reconstruir o tabuleiro, acalmar os ânimos, flertar com os vereadores e tentar montar um grupo que seja coeso em torno de um ou dois nomes, no máximo.
Diante disso, há duas certezas: a primeira é de que não sabemos quem será o Governador do Estado do Rio de Janeiro e a segunda é que a eleição para o cargo de prefeito de Campos dos Goytacazes começa no dia primeiro de janeiro de 2015.
Vamos aguardar, pois no jogo dos números poderemos ter mortes e sobrevidas.
Que venha o resultado das urnas!
Cláudio Andrade