Carta do Leitor!
...Voto de Repúdio, indignação e total insatisfação.
Amigo
... Com imensa tristeza, revolta e sentimento de indignação e impotência que trago uma notícia trágica aos nobres colegas, como segue: A morte de FLÁVIA VATENTIM RITA! Agora aproximadamente às 18h30min quando comecei a escrever...
Dados: FLÁVIA VATENTIM RITA.
Idade: 29 Anos.
Moradora do Pq. Guarus.
Problema:
Cardíaco Gravíssimo. 2 (duas) válvulas cardíacas com problemas;
Internada no HFM no Pronto Socorro, desde dia 22/12/2012;
Na ala laranja do referido hospital, aguardando vaga na UTI, para procedimento cirúrgico;
.... Vamos aos fatos.
Tomamos conhecimento nesta manhã, através de sua irmã, Raquel Valentim, também nossa amiga o estado grave de Flávia e a “Via Crucis” que estava a percorrer, percebemos sua fragilidade, desespero e o desnortear, pois não sabia mais o que fazer e a quem recorrer, pois diante da gravidade só encontrara frieza nos órgãos e protelação do caso. - Enfim, uma situação caótica!
Inúmeras ligações foram feitas a amigos na tentativa de ajuda da solução do problema e só ouvimos uma resposta. –“Olha isso agora é com o órgão regulador”.
ÓRGÃO REGULADOR, ÓRGÃO REGULADOR, ÓRGÃO REGULADOR, e nada mais...
Surge então uma sugestão (escape). - Aqui pra mim, que deveria ser uma exceção (o que não se submete à regra), a solicitação da promotoria de plantão.
Prontamente o promotor de plantão encaminha procedimento administrativo a Direção do HFM e com muita luta e objeções quanto ao fato de ser o referido documento encaminhado a direção e não direcionado aquele setor específico, ou seja, ganhando um tempo. – “Tempo de que?”, - Resolve então responder “ com muita morosidade” a promotoria.
Há de se ressaltar que a resposta à promotoria está a todo tempo na tratativa de tentar diminuir a gravidade do referido caso, mas enfim, no final da tarde chegou à resposta a promotoria. Imediatamente encaminha a práxis ao Exmo.sr. Juiz de Plantão que com a sensibilidade peculiar, defere o pedido!
Pronto, ficamos imensamente felizes, aguardando então o encaminhamento do oficial de justiça, porém fomos surpreendidos pela MORTE, após um telefonema comunicando que Flávia não suportara e veio a óbito.
Ah! Ainda não poderia omitir a tentativa que fez sua Irmã d intervir junto ao Vereador(*) do Bairro, sem algum sucesso!
(*) O vereador, de maneira geral, é o representante do povo. No exercício desta função, o vereador é o fiscal dos atos do prefeito na administração dos recursos do município expressos no orçamento. O vereador também faz as leis que estão dentro de sua competência, e analisa e aprova as leis que são de competência da prefeitura, do Executivo. Em resumo, o vereador recebe o povo, atende as suas reivindicações e é o mediador entre o povo e o prefeito.
Ficamos com algumas indagações que precisam ser respondidas:
Vamos continuar com a política dos remendos, da obtenção dos benefícios junto ao judiciário, quando deveria ser uma ação pró ativa;
Aos “edis” desta cidade chamada de “AMOR”, hão de arregaçar as mangas e trabalhar muito em prol do povo e não dos projetos eleitoreiros, ou da defesa dos interesses daqueles que os fazem perpetuarem ou galgarem o poder de primeira vez. Fica aí uma mensagem aos novos! Falando nisso, quero destacar que para tomar essa atitude precisa pagar preço ter independência política, ou seja, se estiver refém das benesses que recebem: Cargos, Vagas,... Não poderá fazer muito.
Uma outra questão sociológica, como diria meu saudoso Amigo, professor e Vereador Dr. Sérgio Diniz, é que após uma gama (Série) de médicos engajando no cenário político de Campos dos Goytacazes nestes últimos tempos é inadmissível isso ficar assim.
Vale ressaltar nesse ínterim que agora mesmo neste ultimo pleito foram eleito alguns, que faziam parte da gestão. Também ressaltar que quando se toca na ferida começa aquela velha estratégia usada na segunda guerra “Dr. Paul Joseph Goebbels”, ofensas, insultos, etc. – “Quem gritar mais alto ganha!” Alguém entra falando está tudo bem, vai fazer isso, fazer aquilo, já fez isso....blá,blá,blá.
Quantas vidas já foram e serão ceifadas por esta situação perpetuante, políticas de remendos... – Precisamos pensar a Saúde de forma MACRO. E não venha me dizer que isso é um fato isolado! Eu mesmo vi e ouvi num tempo atrás uma manifestação em frente ao HFM, naquela época o caso de Daniel que ficou paraplégico, onde o Diretor daquela instituição que estava no governo da lambança, e ressalto hoje na mudança disse; “-Está tudo sobre controle, não há nada anormal!”... E assim o tempo passou...
Agora vamos ao “Calcanhar de Aquiles: lenda grega explica origem do ponto fraco” – ORÇAMENTO DE NOSSA CIDADE, as VERBAS FEDERAIS, OS CONVÊNIOS COM OUTROS ÓRGÃOS PÚBLICOS. A gestão integrada precisa ser pensada. Urge deixar as vaidades de lado e pensar UNIÃO, ESTADO E MUNICÍPIO. – “Será isso uma utopia?”.
Finalmente, pra que “Órgão regulador”? Estou falando besteira? - Penso que tem que ser questionado sim! Algum tempo atrás, caso semelhante ocorreu e vieram a mim. A mesma “novela” e nada; dias depois veio à notícia o Vereador de Travessão que não mais o é resolveu. Até UTI para transportar conseguiu! – O que é isso gente? Precisamos de liberdade dos grilhões da influência. Precisamos evoluir muito como ser humanos. Pessoas são pessoas e não moeda eleitoral.
Pra meus amigos enlutados deixo minhas singelas palavras:
“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.” João 14:27
A paz de Deus que excede todo entendimento há de consolar vossos corações. Amém!
Joilson Melo