A Prefeitura de Campos dos Goytacazes está vivendo o maior caos administrativo de sua história. Interessado em ser candidato a governador do Estado do Rio de Janeiro em 2018, o grupo de Rosinha já fez duas ações de puro marketing.
A primeira foi absorver o Restaurante Popular enquanto vários setores públicos da cidade estão em frangalhos.
Agora, dando seqüência a sua precoce pavimentação rumo ao Palácio da Guanabara, o grupo de Rosinha começa a sinalizar, de forma oportunista, uma ajuda ao governo do Estado, diante do decreto de calamidade vergonhoso assinado pelo vice-governador Francisco Dornelles.
Trata-se de pregar o terror para colher os dividendos. Certo que em nosso município a violência aumentou principalmente nas áreas onde os problemas sociais são mais gritantes e a Prefeitura de Campos e o Governo do estado não conseguem chegar como deveriam.
Porém, a gestão de Rosinha não tem condições econômicas de ajudar o estado com um ‘friso’ sequer. Rosinha, em que pese possuir em seu histórico, o diploma de governadora, foi, talvez, a pior gestora municipal, principalmente em sua segunda gestão.
Vale informar que desde o ano de 1998 até o dia de hoje, todos os governadores que estiveram na cadeira do executivo estadual são do mesmo grupo. Primeiro, o marido de Rosinha, depois a própria prefeita, após Sérgio Cabral e por fim, o atual, Pezão. Sendo assim, todos são responsáveis pelo caos estadual reconhecido pelo vice-governador Dornelles.
Na gestão do marido de Rosinha, no governo do Rio, em 2002, Fernandinho Beira-Mar organizou o seu escritório na prisão de segurança máxima de Bangu I, de onde passou a ordenar ações armadas e a compra de armamento pesado, inclusive mísseis e o explosivo C-4. Isso gerou, posteriormente, o atentado contra o centro administrativo da Prefeitura do Rio, com tiros de fuzil e granadas.
Em fevereiro e março de 2003, na gestão de Rosinha, contínuos tiroteios entre traficantes e policiais fecham as principais vias de acesso ao Rio. Civis são baleados em ônibus, metrô, ruas e universidades. A polícia descobre plano de fuga massiva de Bangu III e incauta dos detentos o explosivo C-4 comprado por Beira-Mar. Destacando o poder exclusivo que os traficantes tinham nos morros.
Os equívocos alardeados pelo casal de ex-governadores nas mídias alinhadas são puro marketing eleitoreiro. A violência existe e os responsáveis são todos que estiveram no Palácio Guanabara, nos últimos 18 anos.
Cláudio Andrade.