segunda-feira, 26 de setembro de 2016

"Lava jato" chega em Campos com força total e alguns codinomes são revelados


 


"Na lista de propina para pessoas da cidade de Campos, constam dois itens que não identificam suas identidades:

1) Pagamentos de vantagem indevida aos codinomes TURISTA, LAMPADINHA, INIMIGO, DOCE relacionado a “Despesas Campos”;

2) Pagamentos de vantagem indevida ao codinome CASSINO, cuja autorização foi expressamente dada por Marcelo Bahia Odebrecht e vinculados a obras no Hospital Geral de Guarus".

Jornal Terceira Via.

Operação Lava jato perto da gestão Rosinha/Chicão


Em coletiva de imprensa sobre a 35ª fase da operação Lava-Jato, deflagrada na manhã desta segunda-feira, o delegado da Polícia Federal Filipe Hille Pace disse que as investigações da força policial apontam para a atuação e interferência da empresa Odebrecht com eleições municipais, inclusive com o município de Campos dos Goytacazes.

O delegado não revelou, no entanto, que tipo de irregularidade a Polícia Fderal encontrou na cidade, uma vez que a entrevista estava centrada no âmbito nacional da investigação. Mas revelou que a Polícia Federal investiga e relação da empreiteira com a prefeitura de Campos nos últimos anos – inclusive em períodos fora das eleições.

A coletiva de imprensa contou ainda com a participação da procuradora da República Laura Gonçalves Tessler, e de integrantes do Ministério Público e da Receita Federal. Laura destacou que as provas e indícios de crimes atribuídos a Palocci são contundentes e apontam para atos de corrupção ativa.

A força-tarefa da Operação Lava Jato esvaziou a importância de revelações que podem ser feitas pelo empreiteiro Marcelo Odebrecht. Integrantes da Omertà - a 35ª fase da Lava Jato - disseram que a "palavra" de Marcelo Odebrecht não é "imprescindível". Há meses, o empreiteiro tenta fechar um acordo de delação premiada. Ele foi capturado na Operação Erga Omnes, em 19 de junho de 2015, e condenado a 19 anos de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

O criminalista José Roberto Batochio, defensor de Palocci, afirma que o ex-ministro nunca recebeu vantagens ilícitas. O criminalista foi enfático ao protestar contra o que chamou de "desnecessidade" da prisão do ex-ministro. A Odebrecht, por sua vez, disse que não vai se manifestar sobre o tema.

Terceira Via

Antônio Palocci é preso pela Polícia federal


O ex-ministro Antonio Palocci foi preso na 35ª fase da Operação Lava Jato, que foi deflagrada pela Polícia Federal (PF), na manhã desta segunda-feira (26), em São Paulo. Ao todo, foram expedidos 45 mandados judiciais, sendo 27 de busca e apreensão, três de prisão temporária e 15 de condução coercitiva, que é quando a pessoa é levada para prestar depoimento, em São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal.

Antônio Palocci foi ministro da Casa Civil no governo Dilma Rousseff e ministro da Casa Fazenda no governo Lula. A ação foi batizada de "Omertà".

A prisão do ex-ministro foi um pedido da PF, acatado pela Justiça. Os policiais também cumprem mandados na casa e no escritório do ex-ministro. O G1 tenta contato com a defesa de Palocci.

As suspeitas sobre Palocci na Lava Jato surgiram na delação do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. Ele disse que, em 2010, Alberto Youssef, que está preso na PF em Curitiba, lhe pediu R$ 2 milhões da cota de propinas do PP para a campanha presidencial da ex-presidente Dilma Rousseff. O pedido teria sido feito por encomenda de Palocci.

Segundo a PF, a atual fase investiga indícios de uma relação criminosa entre um ex-ministro com o comando da principal empreiteira do país. O investigado principal atuou diretamente como intermediário do grupo político do qual faz parte perante o Grupo Odebrecht.

"Há indícios de que o ex-ministro atuou de forma direta a propiciar vantagens econômicas ao grupo empresarial nas mais diversas áreas de contratação com o Poder Público, tendo sido ele próprio e personagens de seu grupo político beneficiados com vultosos valores ilícitos", diz a PF.

As investigações apontam ainda que dentre as negociações estão tratativas entre o grupo Odebrecht e o ex-ministro para a tentativa de aprovação do projeto de lei de conversão da MP 460/2009, que resultaria em imensos benefícios fiscais, aumento da linha de crédito junto ao BNDES para país africano com a qual a empresa tinha relações comerciais, além de interferência em licitações da Petrobras para aquisição de 21 navios sonda para exploração da camada pré-sal.

Ainda conforme a PF, outro núcleo da investigação apura pagamentos efetuados pelo chamado “setor de operações estruturadas” da Odebrecht para diversos beneficiários que estão sendo alvo de medidas de busca e condução coercitiva.

G1.

Semana decisiva.


domingo, 25 de setembro de 2016

Eleições - PMDB entrega Notícia Crime à PF e ao MP com lista de beneficiários do cheque-cidadão


Eleições - PMDB entrega Notícia Crime à Polícia Federal e ao Ministério Público com lista de beneficiários do cheque-cidadão supostamente envolvidos em esquema de compra de votos

Partido solicitou abertura de inquérito policial para apurar denúncia de fraude e compra de voto

Campos dos Goytacazes - O PMDB de Campos deu entrada nesta sexta-feira (23) em uma Notícia Crime na Polícia Federal e no Ministério Público Eleitoral (MPE) com novas informações que enrobustecem a Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) proposta pelo MPE em vista dos fortes indícios de um possível esquema de captação ilícita de votos para candidatos apoiados pela prefeita Rosinha Garotinho (PR), em troca da inclusão fraudulenta de beneficiários que não têm o perfil de vulnerabilidade social exigidos para o Cheque-Cidadão.

A ação do PMDB sugere a oitiva de cinco pessoas de lista apresentada ao partido e que teriam sido coagidas a vender o voto através de um dos 34 denunciados pelo MPE. De acordo com a Notícia Crime, o candidato “ofereceu a elas o ingresso no Programa Social Cheque Cidadão, mesmo sem preencheram os requisitos legais, desde que o apoiassem na sua candidatura ao cargo de vereador em Campos no processo eleitoral em curso. Em que pese, no primeiro momento, eles terem aceitado essa inscrição espúria, nos foi informado que em seguida refletiram melhor e se indignaram com essa ilegal utilização de um programa social e estão à disposição da Polícia e da Justiça para prestarem as informações necessárias para a devida apuração desse nefasto conluio criminoso.”

Os documentos apreendidos pelo MPE indicam que pelo menos 18 mil pessoas foram incluídas como beneficiárias do programa de maneira fraudulenta. Os documentos foram colhidos em ação na sede da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social e em três Centro de Referência de Assistência Social (CRAS). Posteriormente o MPE ajuizou 34 ações contra candidatos a vereador por abuso de poder econômico e político, nas quais pede cassação de registro e eventual diplomação, além da inelegibilidade dos acusados. Na lista dos denunciados constam, além de lideranças políticas, vereadores de mandato em campanha de reeleição e ex-secretários municipais.

O partido também entregou um anexo com 22 nomes de beneficiários que supostamente estariam recebendo o benefício irregularmente. “Chegou em nossas mãos uma lista de possíveis beneficiários ilegais do cheque-cidadão. Nessa lista constam nomes, números de inscrição no benefício e CPF. Todos os elementos são suficientes para que a Polícia possa proceder com um inquérito policial e para que o MPE possa propor ação no sentido de impugnar a candidatura dos políticos envolvidos nessas práticas, bem como a possível anulação do pleito, caso se confirmem esses ilícitos”, afirmou o presidente do PMDB-Campos e deputado estadual, Geraldo Pudim.

--

Att,
​--
Gerência de ​Comunicação​ | Campanha Geraldo Pudim 15
​Rogério Siqueira - Assessor de Imprensa (21) 99929-2810