A influência dos Zveiter no judiciário é conhecida.
Recentemente, o desembargador Luiz Zveiter foi eleito para exercer a Presidência do Tribunal de Justiça no biênio 2009/2010, e até a sua posse, ainda é o Corregedor Geral do tribunal citado.
Solicitei em meu blog, que o senhor corregedor avaliasse as decisões monocráticas exercidas pelo desembargador Edson Scisínio Dias da 14ª Câmara Cível, por serem elas, de nítida parcialidade.
No dia 12 de maio, tomei conhecimento da Decisão Saneadora expedida pelo juiz Carlos Azeredo de Araújo da 3ª Comarca de Campos dos Goytacazes, na qual, após 33 anos fui afastado da direção do Grupo IMNE em relação às empresas Instituto de Medicina Nuclear e Endocrinologia, Clínica Cirúrgica e Maternidade Lilia Neves, Plano de Saúde Ases e Ases Táxi Aéreo.
O pedido foi formulado pelo escritório de advocacia Zveiter sob alegação que estaria Eu, especificamente, exercendo uma gestão temerária, com desvios de recursos e outras alegações enriquecedoras que fazem parte do vocabulário advocatício.
Estamos, hoje, entrando no oitavo mês sob intervenção judicial com quatro interventores designados até agora, em que nenhuma comprovação do alegado foi confirmada. Sabemos que qualquer empresa, por melhor que seja sua estruturação, não resiste a mais de quatro meses de intervenção.
Tivemos perdas? Sim. Mas, a equipe que foi constituída ao longo desses quase 34 anos de trabalho soube exercer sua função com galhardia e as empresas citadas, ainda estão de pé.
A história sempre fez parte de nossas vidas. O Instituto de Medicina Nuclear e Endocrinologia era, em 1975, uma estrutura pequena com 8 sócios que foram se desligando gradativamente até que a sociedade ficou constituída por mim e pelo meu pai, Haroldo Neves.
Assumi definitivamente a liderança e as decisões até o dia 12 de maio passado e podemos afirmar que fomos os modificadores na medicina exercida no norte noroeste, e na situação atual, somos catalogados como um dos melhores grupamentos médicos do nosso estado.
Na última sexta-feira, 19/12/08, fomos surpreendidos por uma decisão isolada e parcial do desembargador Edson Scisínio Dias afastando das empresas citadas a diretora administrativa Martha Henriques, o diretor financeiro do Grupo IMNE, Inácio Gomes Nogueira e o diretor financeiro do Plano de Saúde Ases, Renato Souza Valle.
São todas pessoas dignas, laboriosas, que ajudaram com responsabilidade profissional o crescimento do Grupo que, hoje, entre empregos diretos e indiretos atinge aproximadamente vinte mil pessoas.
A decisão do desembargador citado, contrária a decisão tomada na 1ª instância, foi além, nomeando Luis Chrysantho Neves para exercer a administração das empresas em conjunto com o quarto interventor nomeado, Dr. Gustavo Juarez Araújo.
É uma decisão injusta? Sem dúvida alguma. Qual a segurança que os outros trabalhadores do Grupo IMNE terão em relação à manutenção de seus empregos, quando os que aqui trabalham há décadas são afastados sem nenhum motivo justificável? Como ficam as famílias dessas pessoas que se dedicaram ao Grupo e que tinham, no seu emprego, a garantia de sustentação?
O senhor Luis Chrysantho Neves, meu irmão, nunca trabalhou, nunca teve respeito pelo ser humano, destruindo uma firma que foi criada pelo meu tio Herbert Neves, com convite posterior a outro tio, Homero Neves e por último, Haroldo Neves, meu pai. Daí surgiu “Neves Irmãos” que ele conseguiu destruir após quase meio século de existência, deixando pelo menos uma centena de famílias na miséria.
Hoje, está pronto para comprometer milhares de pessoas.
No dia 18/12/08, tive uma reunião com ele objetivando um acordo. Fiz uma proposta para análise e posterior conversa. Pactuamos ainda, que a conclusão do referido acordo seria até o dia 24/12/08.
A referida decisão monocrática, verdadeiramente absurda, comprometeu todo nosso possível diálogo.
Na realidade, quem puder ter acesso ao processo número: 2008.002.36961, do TJ/RJ, poderá comprovar o que ora afirmo, relativo à parcialidade e suspeição da decisão tomada.
Já que sempre trabalhei colocando 50% dos investimentos em nome de meu pai, por reconhecimento a sociedade inicial, estou submetido a essa situação.
A Justiça não é justa!
Ainda assim, acredito na honestidade para gerações futuras.
Continuo acreditando “CONTRA O MEDO CORAGEM”.
Afirmo agora, por comprometimento social e pessoal de dignidade, que o Grupo IMNE, dos meus sonhos, tende a acabar.
Aqueles que foram e continuam sendo meus grandes companheiros de trabalho garanto, como participante patrimonial, que todos os seus direitos serão respeitados para não acabarem como aqueles que acreditaram em Neves Irmãos.
Esse é meu depoimento mais honesto.
A comunidade campista creio ser testemunha de meu compromisso com a cidade e com a prática da boa medicina.
A Justiça que tem sido matéria constante dos noticiários nacionais envolvendo corrupção e venda de sentenças está dando, nesse caso, um espaço amplo para a imprensa investigativa.
A certeza da impunidade atingiu seu nível máximo.
Fonte- Blog do Herbert Neves.