As cenas de violência física presenciadas na Câmara dos Vereadores de São João da Barra, entre dois vereadores, representam o que há de mais baixo em termos de conduta comportamental para um parlamentar.
As imagens deprimentes ganharam repercussão nacional. O município que recebe um dos maiores empreendimentos do mundo possui certos legisladores que pelo visto, não estão preparados psicologicamente para suportar climas tensos que envolvem negociações.
Não estou aqui fazendo defesa do vereador agredido, até porque, não duvido se daqui a bem pouco tempo, os dois, diante dos holofotes, apertem as mãos e selem a paz surreal inconcebível para alguns, mas corriqueira na vida de grande parte da classe política.
Também não tenho esperança de que a ação de violência que deveria envergonhar os munícipes da São João redunde e perda de votos. Balela. A maioria sequer vai se lembrar do episódio amanhã. Trata-se da ‘indústria do circo’ em casa não propícia.
Diante de um município próspero, seus legisladores não conseguem assimilar a importância que esse parlamento terá nos próximos anos. Os vereadores estão perdendo tempo precioso com as eleições municipais, mas esquecem que o novo Prefeito (a) de São João da Barra passará pelo crivo financeiro e futurista de Eike Batista.
As deploráveis ações presenciadas no dia de ontem só acarreta ônus para o parlamento de lá. Agrega passivo eleitoral no currículo de todos eles, na visão daqueles que realmente irão controlar o município, ou seja, os grandes investidores.
Enquanto uns ficam com o progresso refletivo em lucros exorbitantes, eles, os vereadores ficam com o imenso mico público.
Lastimável.
Cláudio Andrade