Objetivando evitar a permanência prolongada no hospital e a interrupção do cuidado ao paciente, a prefeitura de São João da Barra, por meio da secretaria de Saúde, desenvolve uma modalidade de prestação de serviços na área da saúde que visa à continuidade do tratamento hospitalar, no domicílio. O investimento anual do município gira atualmente em torno de 7 milhões de reais e o trabalho de Home Care é realizado por uma empresa terceirizada – contratada por meio de processo licitatório – que dispõe de equipe multidisciplinar com a mesma qualidade, tecnologia e conhecimento.
Atualmente 32 pacientes utilizam os serviços, sendo dois de alta complexidade com ventilação e 30 de alta complexidade sem ventilação. O custo diário de um paciente de alta complexidade com ventilação é de R$ 1.160,00, totalizando R$ 34.800,00 ao mês e, em casos de alta complexidade sem ventilação, a diária é de R$ 620,00, sendo R$ 18.600,00 por mês.
Regulamentado pela Anvisa por meio da Resolução nº 11 em 30.01.2006, este tipo de atendimento diminui os riscos de infecção em ambientes hospitalares, humaniza o atendimento no ambiente domiciliar, reduz as complicações clínicas, reinternações desnecessárias e otimiza o tempo de recuperação do paciente. “A intenção é oferecer um atendimento domiciliar similar ao atendimento hospitalar, o que difere é que a atenção especializada é no ambiente familiar”, explica a secretária municipal de Saúde, Denise Esteves.
Em razão da melhora do quadro clínico de alguns casos, a secretária explica que a Procuradoria Geral do Município encaminhou à Comarca de São João da Barra pedido de diminuição do plantão 24h desses pacientes para 12h de Home Care, tendo em vista que a inclusão dos mesmos no Programa deve-se à demanda judicial. “Cada paciente tem seu prontuário médico de responsabilidade da empresa, onde são anotadas todas as informações do paciente como número de sessões de fisioterapia, medicamentos, sessões de fonoaudiólogo, psicólogos, visita de nutricionista e médicos, entre outras”.
Segundo a assessora jurídica da secretaria de Saúde, Maria Auxiliadora Fazoli da Cunha, através deste prontuário a empresa prepara o faturamento que deve ser cobrado pelos serviços prestados a cada paciente. Ele é entregue à prefeitura para que uma equipe de auditoria médica composta de médico, contador, enfermeiro e farmacêutico analise a fatura do paciente visando fiscalizar para que o município pague aquilo que realmente foi serviço prestado e com qualidade.
“Antes do início da prestação de serviço, o médico do Home Care analisa as condições clínicas do paciente para saber os procedimentos que serão adotados e uma equipe da empresa realiza visita à residência do paciente para adaptar o espaço físico às suas necessidades”, comentou Auxiliadora, acrescentando que, ao necessitar de um atendimento mais específico, como remoção do paciente para alguma unidade de saúde, a responsabilidade é da empresa.
O jovem Mateus de Azevedo, 16 anos, que reside em Atafona, é um dos beneficiados pelo Home Care. Segundo a sua mãe, Cleide Regina Ribeiro de Azevedo, o Home Care representa uma opção segura e eficiente para o atendimento de seu filho que, após a estabilização do quadro clínico, continuou necessitando de cuidados especializados de uma equipe de profissionais e de aparato tecnológico específico. “Há cinco anos os médicos deram um mês de vida para meu filho e ele está vivo até hoje graças a Deus e aos serviços oferecidos pelo Home Care”, disse Cleide, agradecendo o apoio do prefeito Neco.
Como Funciona - O Home Care funciona da mesma forma que um atendimento em um hospital ou clínica de internação, porém, duas coisas o tornam diferente. O conforto e a atenção dedicada ao paciente. Estas são as palavras chaves que definem o serviço. O funcionamento é muito simples.
A partir do contato dos médicos da empresa de Home Care com familiares responsáveis pelo paciente, é feita uma análise das necessidades do mesmo. Em seguida, a empresa, que no caso é a Nursing Care, formaliza a proposta do serviço, descrevendo os profissionais, procedimentos inclusos e valores respectivos. Sendo aprovada a proposta, o município fecha o contrato pela secretaria de Saúde com a empresa e inicia, em data acordada, o atendimento do paciente.
Os principais objetivos da internação domiciliar são: estimular a participação da família no tratamento proposto, maximizar o nível de independência, minimizar os efeitos das incapacidades ou doenças, visando a redução de custos, além da otimização da rotatividade dos leitos hospitalares para paciente que realmente exige esse atendimento em uma unidade hospitalar e, principalmente, reintegrar o paciente em seu núcleo familiar, proporcionando uma assistência humanizada e integral.
Assecom da Prefeitura de SJB