sexta-feira, 10 de maio de 2013

Roberto Henriques faz análise do processo de escolha das Diretoras nas escolas públicas de Campos




Acabo de ser informado que a prefeita Rosinha andou se queixando com diretores de escolas municipais em reunião no Trianon agora há pouco. Alegou que tem feito tudo pela educação, mas não está nada satisfeita com sua equipe de gestores. Se me permite, prefeita, o problema está nos critérios de escolha. E apesar do velho ditado que se conselho fosse bom a gente vendia, não posso deixar de opinar neste caso porque estamos falando de educação, que é à base de tudo neste mundo. Portanto, prefeita, tomo a liberdade de sugerir, a título de colaboração, que o problema possa ser resolvido na raiz: as indicações de vereadores e cabos eleitorais para diretores de escolas. Em alguns casos as indicações conseguem até ser criteriosas, mas na maior parte, a senhora sabe, são irresponsáveis, porque têm motivação exclusiva político-eleitoral.

Sugiro, prefeita, o modelo que vem sendo adotado pelo secretário estadual de Educação, Wilson Risolia, e que venho acompanhando de perto na condição de deputado estadual. O governo estadual acabou com as indicações de deputados e políticos de um modo geral e criou um modelo seletivo para os profissionais de carreira, tanto para as coordenações das agências regionais quanto para as direções de escolas. Primeiro, há uma análise de currículos, depois o filtro é uma prova escrita sobre conhecimentos pedagógicos e gestão escolar e, na terceira etapa, dinâmica de grupo. Quem passa vai para a fase de capacitação. Os que forem melhor selecionados ocupam as vagas. Os outros aprovados têm seus nomes incluídos em um banco de profissionais que estão aptos aos cargos de gestão. E a cada biênio os gestores são reavaliados. Sabemos que temos ainda várias etapas a serem melhoradas, mas é um passo importante que tem surtido bons efeitos.

Assim, prefeita, a competência toma o lugar do interesse eleitoreiro e as gerações futuras agradecem.

Roberto Henriques
Deputado Estadual

4 comentários:

Anônimo disse...

Nenhum secretário vai conseguir fazer isso,porque o casal não permite,infelizmente.E com isso nós professores ficamos nas GARRAS dos gestores incompetentes.

Maria das Graças M G Veiga disse...

Neste ponto dou razão ao deputado.Isto é um absurdo está-se leiloando a educação, não política de educação , mas politicagem com a educação.Diretores péssimos, vereadores entrando dentro das escolas e desestabilizando tudo dizendo que a direção vai sair e entrar outras.Fico triste porque Campos a maior cidade do interior do estado. A capital do petróleo , um polo universitário, vitrine no país, com uma ex governadora tendo a coragem de ser tão ultrapassada assim, fazendo educação no moldes do século passado. Dando bola para estes vereadores que só querem pensar em eleição deste jeito nada vai dar certo. estamos morrendo prefeita, estamos infelizes prefeita, nos ouça pelo amor de Deus. A senhora que diz ser tão justa está destruindo nossa felicidade de sair de casa para trabalhar. Isto é triste muda isto prefeita mostra que a senhora prioriza a educação de verdade.Este expoente é péssimo se a senhora acha que os professores gostam nos pergunte. Faça uma reunião conosco, vamos lhe tratar bem porque somos educados, mas acho que a senhora não sabe do que está ocorrendo. Sua secretária é horrível só trata bem aos políticos para se manter no cargo porque competência não tem nenhuma. A educação de Campos está na UTI.

Celso disse...

Não podemos optar pela utopia, respeito a opinião da Fabiana, porem, esta pratica ja foi testada e acabava por ter: interferencia política, seja ela por coação direta da secretaria ou interferencia de um político ou cabo-eleitoral do báirro, ou então por uma relação de intimidade com o corpo docente.

Anônimo disse...

Parabéns Maria das Graças.. Concordo