Educação de Rosinha com alunos que NÃO sabem escrever o próprio nome

A educação é o processo contínuo de desenvolvimento das faculdades físicas, intelectuais, morais e éticas do ser humano e tem como premissa maior, a integração do cidadão à sociedade ou ao seu próprio grupo.

No Brasil, em conformidade com a Lei de Diretrizes e Bases, a Educação deve ser vista em dois níveis: a educação básica e o ensino superior. A básica compreende a Educação Infantil, o Ensino Fundamental e o Ensino Médio.

A ‘primeira’ educação é de suma importância para que tenhamos, no futuro, seres humanos aptos e capazes a dar sequência ao desenvolvimento social e econômico de nosso país.

No município de Campos dos Goytacazes, a situação já é caótica em números, quando lembramos a nossa posição no Ideb, penúltimo lugar entre os 92 municípios fluminenses.

Agora, também podemos ratificar o caos educacional municipal graças a narrativas surreais lidas nas redes sociais, como a que irei relatar agora.

O senhor Wellington Cordeiro da Uniflu de Campos foi convidado para ir a uma escola municipal de nossa cidade para ministrar uma oficina de jornal para alunos do quarto e quinto ano.

Para apresentar a sua oficina ele comprou os dois jornais impressos que circulam em nossa cidade para discutir suas abordagens diferenciadas sobre o mesmo assunto.

Ao chegar, um choque com as condições físicas da escola e o péssimo comportamento dos alunos chamou a atenção do palestrante. Ato contínuo, Wellington passou uma lista de presença e o seu espanto foi ainda maior.

Segundo Wellington a maioria dos alunos não sabia escrever o próprio nome. Diante dessa nefasta constatação - e tentando salvar alguma coisa - o nobre palestrante passou para os alunos uma redação para que cada um pudesse escrever sobre a própria escola.

O resultado dessa ideia não poderia ter sido pior. Nenhum aluno conseguiu passar de uma linha de texto e assim mesmo, as poucas palavras escritas eram desconectadas e indecifráveis.

Esse relato é devastador, pois apresenta a fratura exposta da educação municipal de Campos dos Goytacazes.

No processo educativo em estabelecimentos de ensino, os conhecimentos e habilidades devem ser transferidos para as crianças, jovens e adultos. O objetivo é estimular o raciocínio dos alunos, ensinar a pensar no crescimento intelectual e na formação de cidadãos aptos a gerar transformações importantes na sociedade.

Pelo visto, em nosso município não há política educacional estabelecida. O Sistema é deficiente desde a estrutura física ao trato com o corpo docente.

A prefeita Rosinha prefere buscar junto à Câmara de Vereadores mais uma autorização de empréstimo quando deveria focar suas ações na reconstrução de nosso Sistema educacional que, a cada dia que passa, lesa nossas crianças e adolescentes.

O caso relatado por Wellington Cordeiro precisa servir de exemplo. Precisamos ‘abrir os olhos’ de nossos governantes para que o crime educacional que vem sendo praticado em Campos dos Goytacazes seja combatido.

Essa irresponsabilidade com o ato de educar precisa ter fim e os responsáveis punidos no rigor da lei.