Na última Coluna, noticiamos que a prefeita Rosinha retirou R$ 300 mil do Programa de Assistência Domiciliar (PAD) e mais R$ 115 mil do orçamento para compra de remédios, ofertados mediante processos administrativos e judiciais.
Pelo visto, o foco da chefe do executivo municipal é a população mais carente. Essa conclusão é fácil de ser constatada ao lermos o Diário Oficial, do dia 24 de junho do corrente ano, na primeira página, o Decreto nº 150/2015.
Com esse decreto, Rosinha retirou R$ 177 mil da verba destinada à compra de leite especial. Para os que desconhecem, estamos falando dos leites que são oferecidos, por exemplo, para a alimentação de crianças que sofrem de intolerância alimentícia.
Ontem, durante o programa “Conexão Cláudio Andrade”, na rádio Continental de Campos, uma mãe, ao tomar ciência da notícia, me fez um desabafo emocionante.
Segundo ela, a filha tem intolerância ao leite comum e precisa tomar o Ensure, que é um produto que complementa a alimentação. Porém, cada lata custa R$ 80 e são necessárias quatro delas por mês, o que perfaz um valor de R$ 320.
Vale ressaltar que a alergia à proteína do leite de vaca faz com que os pacientes não possam se alimentar normalmente. O organismo de cada uma dessas pessoas requer substâncias que somente são encontradas nos chamados leites especiais (Pregomin e Neocate), por exemplo.
Esses leites têm fórmulas alimentares à base de soja, de proteínas hidrolisadas e de aminoácidos. Não se trata de comodidade na alimentação, mas sim de necessidade imprescindível e inadiável para a própria sobrevivência dos pacientes.
Segundo a ouvinte, a Prefeitura de Campos está há dois meses sem lhe fornecer uma única lata e isso tem gerado um gasto que está sendo absorvido pela família.
Essa redução de verba feita por Rosinha é grave. Não podemos aceitar que a população tenha a saúde e a vida postas em risco, pela diminuição no fornecimento de leites especiais aos pacientes que necessitam destes insumos para sobreviver devido ao corte noticiado no Diário Oficial.
Prudente se faz não esquecer que as pessoas que precisam desses leites especiais comprovaram junto à Prefeitura de Campos, por meio de exames laboratoriais e laudos médicos, a necessidade de serem amparadas pelo respectivo ente federativo.
Não restam dúvidas de que a área de saúde é de extrema complexidade. Por outro lado, é inconcebível que pessoas tenham o fornecimento dos leites especiais reduzidos pelo corte no orçamento.
Definitivamente, a semana foi terrível para os menos favorecidos. A redução das verbas do PAD, dos remédios administrativos e judiciais e agora, o corte no orçamento destinado aos leites especiais.
Pelo visto, a dita ‘Prefeita do Povo’ está contribuindo, com todas as suas forças, para perder esse rótulo publicitário.
Cláudio Andrade
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