Os professores da rede municipal de ensino de Campos dos Goytacazes decidiram entrar em estado de greve a partir desta quarta-feira (13). O objetivo é pressionar a prefeitura a conceder a revisão anual dos vencimentos dos servidores. A decisão foi tomada durante uma assembleia no início da noite desta terça (12), que teve a presença de cerca de 200 educadores. O encontro foi na sede do Sindicato da Cedae e teve também a presença do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe), que apoia a causa.
O estado de greve vai ser nesta quarta (13), quinta (14) e sexta (15). Segundo os professores, se neste período a Prefeitura de Campos não fizer outra proposta, a greve acontece por três dias a partir da próxima segunda-feira (18). Depois destes três dias, dependendo das negociações, outra assembleia será realizada para discutir os rumos do movimento.
“Na assembleia falamos das propostas que o governo praticamente nos abrigou a aceitar. Eles querem dar apenas o abono salarial, que podemos perder a qualquer hora. Com o estado de greve, estamos avisando que se as negociações não avançarem, vamos cruzar os braços e parar de trabalhar. Isso foi votado e a maioria decidiu assim”, contou o professor Helmar Oliveira.
A Prefeitura de Campos tem até o final de maio para conceder a revisão anual dos vencimentos dos servidores municipais.
Manifestações
Desde que a maioria dos vereadores aprovou a implantação do Plano de Cargos e Salários - em detrimento da revisão anual dos vencimentos -, os servidores municipais fazem uma série de manifestações. A aprovação na Câmara Municipal aconteceu após o secretário de Governo, Anthony Garotinho, e o secretário de Administração e Gestão de Pessoas, Fábio Ribeiro, alegarem que a prefeitura não teria recursos para conceder o reajuste e a implantação do Plano, ambos direitos constitucionais consagrados.
Colocado contra a parede, o Siprosep optou pela implantação do Plano de Cargos e Salários sob a justificativa de que a opção seria mais vantajosa para os profissionais. No entanto, na avaliação do advogado José Paes, o Governo Municipal foi o maior beneficiado pela escolha.
Na tentativa de calar os professores, na semana passada o secretário de Educação chegou a oferecer à categoria e ao Sepe um aumento salarial de 10% com a criação de uma nova regência, mas a proposta não foi aceita porque apenas alguns profissionais seriam contemplados. Na última sexta-feira (8), lideranças dos professores, técnicos administrativos, guardas civis, profissionais da saúde e de outras áreas participaram de uma reunião na sede do Sepe - localizada no edifício Ninho das Águias - e constataram que a maneira mais eficaz de ter as reivindicações atendidas seria promovendo a greve.
Terceira Via
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