quarta-feira, 13 de maio de 2015

Professores da rede municipal de Campos entram em estado de greve


Os professores da rede municipal de ensino de Campos dos Goytacazes decidiram entrar em estado de greve a partir desta quarta-feira (13). O objetivo é pressionar a prefeitura a conceder a revisão anual dos vencimentos dos servidores. A decisão foi tomada durante uma assembleia no início da noite desta terça (12), que teve a presença de cerca de 200 educadores. O encontro foi na sede do Sindicato da Cedae e teve também a presença do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe), que apoia a causa.


O estado de greve vai ser nesta quarta (13), quinta (14) e sexta (15). Segundo os professores, se neste período a Prefeitura de Campos não fizer outra proposta, a greve acontece por três dias a partir da próxima segunda-feira (18). Depois destes três dias, dependendo das negociações, outra assembleia será realizada para discutir os rumos do movimento.


“Na assembleia falamos das propostas que o governo praticamente nos abrigou a aceitar. Eles querem dar apenas o abono salarial, que podemos perder a qualquer hora. Com o estado de greve, estamos avisando que se as negociações não avançarem, vamos cruzar os braços e parar de trabalhar. Isso foi votado e a maioria decidiu assim”, contou o professor Helmar Oliveira.


A Prefeitura de Campos tem até o final de maio para conceder a revisão anual dos vencimentos dos servidores municipais.


Manifestações

Desde que a maioria dos vereadores aprovou a implantação do Plano de Cargos e Salários - em detrimento da revisão anual dos vencimentos -, os servidores municipais fazem uma série de manifestações. A aprovação na Câmara Municipal aconteceu após o secretário de Governo, Anthony Garotinho, e o secretário de Administração e Gestão de Pessoas, Fábio Ribeiro, alegarem que a prefeitura não teria recursos para conceder o reajuste e a implantação do Plano, ambos direitos constitucionais consagrados.


Colocado contra a parede, o Siprosep optou pela implantação do Plano de Cargos e Salários sob a justificativa de que a opção seria mais vantajosa para os profissionais. No entanto, na avaliação do advogado José Paes, o Governo Municipal foi o maior beneficiado pela escolha.


Na tentativa de calar os professores, na semana passada o secretário de Educação chegou a oferecer à categoria e ao Sepe um aumento salarial de 10% com a criação de uma nova regência, mas a proposta não foi aceita porque apenas alguns profissionais seriam contemplados. Na última sexta-feira (8), lideranças dos professores, técnicos administrativos, guardas civis, profissionais da saúde e de outras áreas participaram de uma reunião na sede do Sepe - localizada no edifício Ninho das Águias - e constataram que a maneira mais eficaz de ter as reivindicações atendidas seria promovendo a greve.

Terceira Via

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