A delegada adjunta da 134ª Delegacia Legal do Centro, Nathália Patrão, durante coletiva de imprensa nesta segunda-feira (12 de maio) falou sobre o caso dos estudantes do Liceu de Humanidades de Campos, que praticaram sexo em praça pública. A cena foi filmada pelos próprios alunos e divulgada nas redes sociais. Segundo a delegada, com tamanha exposição e num momento de raiva, a jovem N.D., se feriu arranhando os pulsos com cacos de vidro.
Na manhã segunda-feira, a Polícia Civil foi à instituição. Durante as investigações, seis adolescentes e um maior foram conduzidos à delegacia para prestar esclarecimentos.
“A gente ficou sabendo que o assunto do final de semana foi um vídeo rolando de uma adolescente e estudante do Liceu. Como já ouve caso de suicídio no Brasil por conta dessa divulgação e como forma de prevenir outros casos e até resguardar a própria menina fui para o colégio ver quem tinha o vídeo armazenado. O Artigo 241 B do Estatuto da Criança e do Adolescente fala que se você armazenar sob qualquer forma, vídeo, fotografia ou outro registro, que contenha cena de sexo explícito ou pornográfico envolvendo criança e adolescente, a pena é de um a quatro anos”, disse.
Segundo a delegada, o caso aconteceu na última quarta-feira (7) e vai de encontro a informação passada pelo estudante, que em rede social afirmou não se lembrar mais de quando o vídeo foi feito. “De quarta-feira pra cá ele fez dezoito anos. Talvez ele já quisesse se proteger com essa postagem”, disse.
Na delegacia, a jovem contou que estava em companhia de outros estudantes, quando foi desafiada a praticar o ato. “Ela não gosta que duvidem de sua capacidade e alegou não saber que estava sendo filmada. Quem filmou não se encontrava na escola e a gente vai intimá-lo. Em relação à escola, não tem responsabilidade alguma sobre esse caso, já que ela sequer entrou no colégio nesse dia. A direção só tomou conhecimento do assunto na sexta-feira e como medida formalizou um documento a ser entregue ao Conselho Tutelar”, disse.
Os menores vão responder por praticar o ato infracional análogo ao crime e foram liberados. Já o maior vai pagar fiança no valor de R$ 241,33.
Terceira Via.
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