segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Coppam faz denúncia ao MP contra demolição na Rua 13 de Maio



O presidente do Conselho de Preservação do Patrimônio Arquitetônico Municipal (Coppam) e secretário de Cultura de Campos, Orávio de Campos Soares, protocolou nesta segunda-feira (07) denúncia no Ministério Público Estadual (MPE) contra a contra a demolição do prédio 220 da Rua 13 de Maio, onde funcionou o Clube do Chacrinha. A empresa demoliu o prédio, localizado na esquina das Ruas Saldanha Marinho e Treze de Maio, no Centro, sem a autorização da Secretaria de Obras e Urbanismo.


No documento, enviado ao Promotor Marcelo Lessa Bastos, o presidente lamentou a perda do patrimônio arquitetônico, construído em 1870 para servir de moradia para o grande comerciante Matias José de Freitas Arantes e hoje é de propriedade de seus herdeiros, a maioria remanescente da Família do sanitarista Francisco Saturnino Rodrigues de Brito.


Orávio de Campos explicou que, também, que a Secretaria de Meio Ambiente tomou as providências cabíveis para preservar as antigas árvores frutíferas do antigo pomar do casarão. Ele salientou que o assunto vem se desenrolando desde o ano passado, quando a família entrou com pedido para demolir o prédio e não conseguiu. “Agora, vamos aguardar os acontecimentos. O prédio foi derrubado de forma arbitrária”, observou o secretário de Cultura, acrescentando que há seis meses o Coppam havia recebido um pedido para demolição da estrutura, mas não permitiu.


Também nesta segunda-feira (07), fiscais da Secretaria de Meio Ambiente notificaram a empresa para que não derrube as árvores. O mesmo fizeram fiscais da Secretaria Municipal de Obras e Urbanismo, que estiveram no local e notificaram que o prédio não poderia ter sido demolido.


Por Marcio Fernandes

Blog do Edson Batista

9 comentários:

Anônimo disse...

já que estão falando tanto em patrimonio historico, o certo seria que ao ser considerado patrimonio historico os proprietarios deveriam ser desapropriados, já que não recebem um real se quer pelo tombamento, e ainda são precionados a restaurar, um terreno como esse vale uma nota, se os herdeiros querem vender, e os orgãos competentes acham que eles não podem vender, que paguem para esses herdeiros o direito a propriedade,

Anônimo disse...

queria ver esses bajuladores que questionam quem derrubou, se tiverem seus direitos de propriedade violados( ja que não podem gozar do patrimonio), a maioria que fala não restauraria e nem manteria predios pq o dinheiro sempre prevalece, se quer preservar que desaproprie, é a mesma coisa de não ser dono nem mandar no que é seu de direito

Anônimo disse...

E por falar em árvores,Campos é uma cidade que a cada dia vai algumas delas a medida que muitas casas estão sendo demolidas.
E a secretaria de ambiente nada planta na cidade e parece que em lugar algum.Basta andar pelas ruas e constatar o obvio.

Hendhrigo disse...

Por que os que agora se insurgem contra a demolição não se insurgiram e nem tomaram providências para impedir a destruição quando o Bradesco "comprou" o Cine Theatro Trianon, durante aquele Governinho? Chega de hipocrisia gente!

Davi Caju disse...

Depois da demolição do antigo TRIANON, tudo é possível em Campos. Concordo que nos prédios antigos com indicação a TOMBAMENTO, um estudo financeiro deveria ser feito, pois a maioria pertence a herdeiros sem condições de manter a antiga estrutura. Quanto as árvores, a prefeitura quando quer, corta as mesmas, e quando planta não faz a devida limpeza nas ruas.

Anônimo disse...

ANDANDO PELA CIDADE , É VISIVEL A QUANTIDADE DE PREDIOS TOMBADOS PELO PATRIMONIO PUBLICO, MAS POR OUTRO LADO NAO SABEMOS SE OS PROPRIETARIOS TEM CONDIÇÕES DE PRESERVAÇÃO E RESTAURAÇÃO. MEUS AVOS TEM UM SOBRADO NO CENTRO DA CIDADE QUE HISTORICAMENTE NAO REPRESENTOU NADA PARA CAMPOS, MAS ESTA NA LISTA DE PREDIOS TOMBADOS, APARECEU NUM COMPRADOR, FEZ UMA OFERTA SIGNIFICATIVA( MEUS AVOS GANHAM POR MES UM SALARIO MINIMO CADA, ELES TEM 75 E 80 ANOS), MAS COMO O IMOVEL ESTA NA LISTA DOS TOMBADOS, OS COMPRADORES DESISTIRAM DO NEGOCIO. QUE LEI É ESSA QUE PRESERVA UM PREDIO CAINDO AOS PEDAÇOS E NÃO PERMITE UMA VIDA MELHOR (NO CASO DA VENDA) PARA IDOSOS QUE GANHAM APENAS PARA O SEU SUSTENTO, CORTANDO LUXOS?

Anônimo disse...

GOSTARIA DE SABER QUANTOS CAMPISTAS OU TURISTAS FREQUENTAM ESSE PREDIOS TAMBADOS, E COM QUAL FREQUENCIA,
SEI QUE A CULTURA DO POVO ESTA NO SEU PASSADO MAS PREDIOS VELHOS CAINDO AOS PEDAÇOS COMO ESSE QUE SERVIA DE ESTACIONAMENTO, VAI ACRESCENTAR O QUE PARA UMA CIDADE COMO CAMPOS? QUEM IA PASSEAR ULTIMAMENTE POR ESSE PREDIO?
PORQUE ESSE PREDIO ERA TAÕ IMPORTANTE ASSIM QUE FICOU ANOS E ANOS ABANDONADO, SO LEMBRARAM DELE QUANDO DESTRUIRAM, CADE AS PESSOAS QUE VIVEM DA CULTURA QUE NEM ENTROU OU TOMOU CONTA,?
O CERTO SERIA QUE SE QUER PRESERVAR, O PODER PUBLICO ARQUE COM OS CUSTOS, SEJA POR DESPROPRIAÇÃO OU PARCERIA, O QUE NAO PODE É O PARTICULAR NAO SER DONO DO SEU PROPRIO IMOVEL, COMO ESTA ACONTECENDO, CADA UM FAZ O QUE QUER DO SEU BEM, OU QUE SEJA RESSARCIDO

Godofredo de Mello disse...

Faz muito sentido preservar uma parte de nossa cultura arquitetonico, caso o Forum, Lyceum, Praça Salvador, algumas igrejas etc. Não faz sentido nenhum tentar preservar algumas casas isoladas, tais como este caso. Ela fica no meio de um polo comercial e hospitalar onde cade m2 é disputado à preço de ouro! Uma vez tombado, a sociedade, neste caso a Prefeitura tem que arcar com o custo de manutenção. Como impedir um proprietario ter o usofruto do que é dele, sem compensar?

Anônimo disse...

Concordo, plenamente, com os comentário feitos aqui.Se querem preservar que cuidem do imóvel ou paguem aos prorietários o prejuízo que os mesmos terão por não poderem vender seu imóvel.Desculpem, mas as coisas aqui em Campos viram piadas tal a incompetência do poder administrativo.Sou a favor de que quem tem imóvel tombado e que não tenha tido representatividade para a cidade que façam o mesmo.E pelo que me consta os proprietários do imóvel em questão tinham autorização da justiça para demolirem o prédio.