sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Mistério nos bastidores da Prefeitura


Os corredores da Prefeitura estão fervendo como um portal do inferno. Motivo: há dois fieis escudeiros irados e com uma vontade imensa de abrir pastas, apresentarem documentos e conversarem com ex-aliados.


Para quem está lendo essa Coluna pode achar que se trata de mais uma pressão pré-eleitoral de políticos de pouco prestígio tentando vender dificuldade para colher facilidade.


A questão é mais séria e envolve dois acuados com medo de verem o sol ‘nascer quadrado’. Isso mesmo, esse dois estão preocupados com o ‘andar da carruagem’ e não querem, em hipótese alguma, serem as buchas que terão que omitir nomes e assumirem atos para que o castelo não caia.


Na central onde tudo acontece, uma reservada conversa vazada por um atento interlocutor descortinou que os dois desconfiavam: não são tão queridos e, por conseguinte, não estarão protegidos de possíveis investidas policiais como imaginavam.

Após terem conseguido acesso a determinadas senhas esses dois estão com a ‘faca e o queijo’ na mão, mas não querem antecipar fatos e denúncias por receio do ‘tiro sair pela culatra’. Preferem aguardar, como em um jogo de xadrez, o momento do cheque mate.


Certo é que o principal material, considerado a ‘cereja do bolo’, que é bomba afegã, já foi devidamente copiado e os dois computadores já estão limpos, inclusive o particular.


Outro ponto importante que é nitroglicerina pura são três conversas telefônicas gravadas. Duas delas durante diálogos, em momentos de tensão e a outra, devidamente registrada quando o aparelho celular foi deixado, inadvertidamente, perto da mesa do falante interlocutor.


Por enquanto, apesar da pressão, os dois ainda desfrutam de prestígio. Sabem que não estão na lista de prioridades e que só não foram fritados, pois sabem mais do que deviam.


Sabedores de que a qualquer momento podem ser lançados aos leões fizeram cópias dos materiais e enviaram para dois personagens que são desafetos do Sistema, mas que concordaram em aguardar o desenrolar dos fatos antes de colocarem ‘fogo em Roma’.


Um conto ou uma história?

Só eles sabem.

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