Jornal Terceira Via
No último Domingo, no SBT (Sistema Brasileiro de Televisão), a apresentadora Marília Gabriela entrevistou o Pastor da Igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo, Silas Malafaia. Durante a entrevista, o tema homossexualidade foi questionado e o referido pastor expôs suas posições firmes e polêmicas acerca do tema.
As afirmações de cunhos religioso e científico, feitas pelo líder evangélico, geraram grande repercussão na mídia. Entendo que tal explanação merece algumas considerações.
O Supremo Tribunal Federal igualou as uniões homoafetivas às heterossexuais. Trata-se de um dos maiores avanços desde o advento da Lei 6.515/77, que instituiu o divórcio no Brasil. À época em que o divórcio foi instituído em nosso país, parcela considerável da sociedade manifestou-se contrária ao direito de uma pessoa constituir nova união matrimonial.
Quanto às parcerias homossexuais, a decisão tomada pelo STF, em 2011, deveria deixar os membros do Congresso Nacional desconcertados. Isso porque uma mudança de tal ordem deveria nascer, por questões óbvias, no âmbito legislativo mediante lei e não por entendimento majoritário da mais alta Corte Brasileira.
O reconhecimento jurídico da união de casais do mesmo sexo deveria ter sepultado a concepção moralista de que estamos lidando com pessoas enfermas, execradas, viróticas ou pecadoras.
À época, o então Ministro Ayres Britto, foi feliz ao afirmar que "aqui é o reino da igualdade absoluta, pois não se pode alegar que os heteroafetivos perdem se os homoafetivos ganham".
O eminente jurista foi cirúrgico em seu comentário; afinal, era discutido se o fato de não se ter a opção sexual natural implicaria diferenciações sociais.
O reconhecimento por si só não foi capaz de promover um clarear de retinas. A sociedade carece de moldar-se à nova concepção. Isso não quer dizer que as opiniões contrárias acerca das uniões homoafetivas devam deixar de existir.
Aqueles que não aprovam as uniões homoafetivas têm o direito de defesa desse posicionamento. Todavia, há necessidade de se agregar à essa garantia opinativa o sentimento de RESPEITO.
É preciso extinguir o indignante desejo de julgar e controlar a sexualidade alheia. Por outro lado, concordo que posicionarmos contra os atos homossexuais não se trata de homofobia. No entanto, a aceitação das diferenças é primordial e um princípio basilar para o crescimento de uma sociedade mais justa, igualitária e pacífica.
No que tange à questão religiosa, na Bíblia Sagrada, a homossexualidade é considerada um pecado, o que deve ser respeitado. Contudo, ouso discordar dessa regra absoluta. Como professor de Direito de Família, há dez anos, pude entender que antes, muito antes da sexualidade, o homem e a mulher precisam ser reconhecidos pela capacidade de exercerem a caridade, a probidade, a ética e a moral. Suas preferências sexuais cabem à seara da intimidade e não à opinião pública.
Como disse, de forma sábia, Lynn Lavner: "A Bíblia contém seis condenações aos homossexuais e trezentos e sessenta e duas aos heterossexuais. Isso não quer dizer que Deus não ame os heterossexuais. É apenas que eles precisam de mais supervisão".
Cláudio Andrade
7 comentários:
Pelo amor de Deus!
Que vidinhas mal resolvidas terão para ficar julgando e decidindo sobre a vida ALHEIA?
Acha que é pecado?Não pratique mas deixem os outros em PAZ.
Ou será que quem desdenha quer comprar?
A Bíblia contém seis condenações aos homossexuais e trezentos e sessenta e duas aos heterossexuais. Isso não quer dizer que Deus não ame os heterossexuais. É apenas que eles precisam de mais supervisão".Ora, quer dizer que os Homossessuais não se incluiem nas 362? Claro que sim, e ainda saão condenadas pelas 6, de forma clara....
Put´s!
Olha Cláudio, o que o Pastor Silas defende é a não imposição dos Homossexuais em detrimento de direitos constitucionais já pré estabelecidos. A Igreja não terá direito a liberdade de expressão? Quanto a essa citação, " 1 vez só na Bíblia " ! Quero dizer que é mais uma nuance do pecado. Pecado é pecado, para homossexuais e para Heteros... E lembrando que a salvação é pela GRAÇA. O grupo Homossexual não pode impor a religião suas vontades, entende? Que existe discriminação, existe. Existe em muitos outros segmentos. Contudo o Sr. é sabedor das leis, o que eles estão querendo já está na lei, só não é praticado. Direitos e deveres iguais a tds, sem privilégios a Homo afetividade!!!
Dr. Cláudio, não sei onde nos levará o relativismo moderno. Tudo no mundo está se relativizando. "Só sei que a unica coisa absoluta hoje é o relativismo" -minhas palavras-. Tudo isso em nome da modernidade. Quem posiciona contra aquilo que a sociedade dita em suas tendencia, torna-se,"discriminado". Chegamos ao ponto de nos envergonharmos de lutar pelo que é certo, em nome do relativismo absoluto. Vi a entrevista e vi a td tempo a entrevistadora tendenciosa ao relativismo, a defesa nem sei de que. acho que na verdade ela estava era contra as convicções do Pastor. E assim a medida que a ciência avança mais se afasta de Deus,a mídia e sociedade emerge nesta aventura do relativismo. Não é o absolutismo dialético. É defesa dos direitos constitucionais(neste caso).
Desde que o mundo existe homossexualimo faz parte dos personagens bíblicos , dos imperadores, reis, e apóstolos, padres, tinha até discípulos gays , só que era pecado , falar , imperadores , gays , brochas e difamadores , a bíblia foi escrita no governo do imperador ou rei justiniano , escolhia o QUE MaIS LHE INTERESSA NO PODER, igual aos tempos de hoje , Freud diz , que todo machão , é um GAY NÃO ASSUMIDO , ou seja incubado , portanto , DEIXEM DE FRESCURA E SAIAM LOGO DO ARMÁRIO! ETA BRASIL DE HIPÓCRITAS!
O pastor Silas defende única e exclusivamente a Bíblia. Inclui-se nisso o direito e a liberdade do ser humano em todos os sentidos.
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