Hoje, fui almoçar com o meu amigo e advogado Luis Carlos Manhães na tradicional 'Praçinha do Sossego', mais precisamente, no bar do Eraldo. Após algumas 'loiras', veio ao nosso encontro, o Dr. Hélio Coelho. Grande amigo e professor.
Ele estava muito feliz, e nos transmitia a sua alegria, ao relatar que no dia 08 de Agosto do corrente ano, o senhor Aloysio Balbi escreveu um artigo na Folha da Manhã com o seguinte título: "A Desculpa que não quer calar". No referido texto, o jornalista, reconhece que o Dr. Hélio Coelho é merecedor de desculpas por uma fato histórico ocorrido nas eleições de 1982.
Naquela época, 'Helinho' era candidato a Prefeito de Campos pelo PTB, que tinha Sandra Cavalcanti como candidata ao governo estadual. Leonel Brizola era candidato pelo PDT ao estado e tinha em Campos, César Ronald como seu candidato para a Prefeitura.
Em histórico comício na Praça São Salvador, 'Helinho', contrariando muitos, menos a sua consciência, abriu mão de sua candidatura, passando a apoiar Leonel Brizola e por conseguinte, César Ronald para Prefeito.
A decisão inesperada de Helinho deixou muitas pessoas indignadas, mas segundo ele mesmo, foi um ato pessoal e de honestidade com a sua própria consciência.
No dia seguinte, Helinho foi massacrado pela mídia, conforme o próprio senhor Aloysio Balbi ressalta em seu artigo. O autor vai mais adiante e diz: "o mataram civilmente e abortaram uma promissora carreira política". No final do texto, há um pedido de desculpas.
Como já dissemos acima, o fato ocorreu em 1982, logo há vinte e sete anos atrás. Caso, seja verdade, que a vida política de Helinho foi destruida pelo massacre da imprensa e que, a sua promissora carreira foi abortada, não seria legítimo, por parte da Hélio Coelho, requerer em Juízo, uma indenização pelas perdas sofridas?
A desculpa que não quer calar surge vinte e sete anos depois, mas só o próprio Helio Coelho pode relatar as suas dores passadas, bem como as possíveis sequelas adquiridas. Em Juízo, ou fora dele, ao meu sentir, as desculpas já possuem sabor de JUSTIÇA!
Cláudio Andrade.